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Plenária final define pauta nacional da categoria

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Após dois dias de intensos debates, os 630 delegados eleitos de todo o país reúnem-se domingo para discussão final sobre as reivindicações que serão levadas para os bancos
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São Paulo - Após dois dias de intensos debates, os 630 delegados eleitos de todo o país que participam da 15ª Conferência Nacional dos Bancários reúnem-se neste domingo 21 para definir a pauta de reivindicações da categoria a ser entregue à Fenaban (federação dos bancos).

A conferência começou na sexta 19, com quatro grandes painéis protagonizados por especialistas convidados. O que debateu Saúde e Condições de Trabalho contou com a participação dos professores Roberto Heloani e Wilson Amorim. O de Remuneração e Emprego recebeu Nelson Karam, do Dieese. Terceirização e Reestruturação Produtiva no Sistema Financeiro teve Miguel Pereira, da Contraf-CUT, Vivian Rodrigues, também do Dieese, e Moisés Marques, professor e coordenador do Centro de Pesquisas 28 de Agosto, do Sindicato.

O dia foi encerrado com o painel sobre Reforma Política, com Vagner Freitas, presidente da CUT, e o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP).

No sábado 20, além de uma análise de conjuntura com Márcio Monzane, coordenador da UNI Finanças, com o professor e ex-diretor do Ipea João Sicsú e o jornalista Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, foram realizados os debates das reivindicações nos grupos de trabalho sobre Emprego, Reestruturação Produtiva no SFN, Remuneração e Condições de Trabalho.

Emprego – As reivindicações sobre emprego deverão estar entre as questões centrais da Campanha Nacional 2013. Com destaque para a luta contra o Projeto de Lei 4330, que, a pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, praticamente acaba com o emprego formal e os direitos trabalhistas.

Os participantes do debate também destacaram duas questões prioritárias: o combate à rotatividade nos bancos privados e à eliminação de empregos. Entre as prioridades apontadas pelo grupo estão, ainda, o fortalecimento das estratégias de luta em defesa da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe as demissões imotivadas, e o combate às terceirizações.

Em relação à jornada de trabalho, a proposta do grupo é a mesma aprovada na campanha nacional dos bancários do ano passado: redução da jornada para cinco horas diárias com a criação de dois turnos. A ideia é ampliar o horário de atendimento à população com uma jornada de trabalho menor e sem redução de salários.

Condições de trabalho – O combate à política de metas, assédio moral e insegurança foi o principal foco de discussão desse grupo de trabalho.

Os trabalhadores querem que fique assegurado o direito de os sindicatos acompanharem o processo de retorno do bancário em reabilitação.

Uma novidade é a proposta de incluir na pauta de reivindicação a regulamentação do processo de obras para reformas nas agências.

Esse grupo tratou, ainda, de temas de igualdade de oportunidades, e de segurança bancária, abordando medidas e equipamentos para garantir prevenção contra assaltos e sequestros, bem como assistência às vítimas.

Remuneração – Os debates que acontecem nesta 15ª Conferência não deixam dúvida quanto à disposição da categoria em utilizar todo o potencial de luta para assegurar aumento real de salários na Campanha Nacional 2013. A decisão quanto ao índice será tomada pela plenária final da conferência, na manhã deste domingo.

O grupo que debateu remuneração apontou também a defesa da valorização do piso salarial da categoria como questão abordada com ênfase pelos delegados à conferência, além da melhoria da PLR como fator de grande potencial para a mobilização em busca de avanços nas conquistas dos bancários.

Sistema financeiro – Intensificar a luta por um sistema financeiro socialmente responsável, com atuação voltada para o desenvolvimento do país. Essa é a síntese dos trabalhos realizados pelo grupo sobre Reestruturação Produtiva no Sistema Financeiro.

Os debates apontam para a luta em defesa da universalização do atendimento bancário. O objetivo é assegurar a inclusão bancária com atendimento em agências e PABs prestados exclusivamente por trabalhadores bancários, e não por correspondentes usados pelos bancos para precarizar o emprego e enfraquecer a categoria. Os trabalhadores querem garantir a qualidade na prestação dos serviços, proteção do sigilo bancário e da vida dos trabalhadores e consumidores.

Além disso, os delegados entendem ser fundamental avançar no debate sobre a regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal, sobre o sistema financeiro, de forma a reduzir as taxas de juros e de fomentar investimentos dos bancos em obras e estruturas que contribuam com o desenvolvimento e inclusão social no Brasil.

Nesse sentido, um dos caminhos apontados pelos delegados é a construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro, com realização de conferências regionais, garantindo assim a socialização do debate com a sociedade.


Redação - 20/7/2013

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