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Santander também confirma interesse no HSBC

Linha fina
Bradesco já havia sinalizado nesse sentido; Sindicato está atento a todo processo e cobra respeito a direitos e empregos dos bancários
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São Paulo – O Santander confirmou seu interesse na compra do HSBC. A presidente mundial do banco, Ana Botín, informou na terça-feira 7, que a instituição espanhola entregou proposta de compra dos ativos do HSBC no Brasil. Questionado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Santander Brasil explicou que “continua analisando oportunidades de investimento que estejam em consonância com a sua estratégia de negócios”, porém não foi “alcançado, até o momento, qualquer compromisso vinculante a respeito”.

O Bradesco também fez uma oferta vinculante e em resposta à CVM afirmou que “continua avaliando as oportunidades de negócio que estejam alinhadas com sua estratégia de crescimento, especialmente aquelas de maior relevância, que possam agregar valor aos seus acionistas”.

O Itaú Unibanco não deixou claro se o banco fez proposta vinculante. Em resposta a questionamento da BM&FBovespa, informa apenas que “continua analisando potenciais operações que agreguem valor aos acionistas”.

Hoje o HSBC é o sétimo maior banco no Brasil, de acordo com dados do Banco Central, e conta com mais de 20 mil funcionários.

Trabalhadores – O HSBC informou que a decisão de sair do Brasil não tem a ver com resultado, mas com estratégia global da empresa no mundo. “De nossa parte lamentamos porque essa venda pode tornar o sistema financeiro brasileiro ainda mais concentrado, o que é muito ruim para a sociedade”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato. “Mas não admitiremos demissões e isso ficou muito claro. Não podemos aceitar que um banco venha para o Brasil, lucre e vá embora deixando milhares de trabalhadores desempregados. Têm de praticar a responsabilidade social que propagandeiam. Devem muito à sociedade.”

Após o anúncio, no mês de junho, imediatamente o Sindicato entrou em ação em defesa dos direitos e empregos dos bancários. “Durante todo o processo até a venda, estaremos ao lado dos trabalhadores, acompanhando cada passo. Por isso cobramos do banco um canal permanente de negociação. Após a venda, procuraremos o novo controlador em defesa dos empregos e direitos dos bancários até o fim”, acrescentou.


Redação com informações de A Tarde e Broadcast da Agência Estado – 8/7/2015
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