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Bancários definem delegados para aprovar pauta

Linha fina
Trabalhadores eleitos representarão categoria na conferência estadual do sábado 16; encontro vai debater reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2016
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São Paulo - A primeira assembleia da Campanha Nacional Unificada 2016 elegeu os 150 delegados de São Paulo, Osasco e região que vão participar da Conferência Estadual, no sábado 16. Esses trabalhadores representarão a categoria nos debates sobre as reivindicações que SP irá levar à Conferência Nacional (de 29 a 31 de julho). Desse encontro, que reúne delegados bancários eleitos de todo o Brasil, sai a pauta final a ser entregue aos bancos no mês de agosto, conforme aprovado na assembleia desta terça 12 que autorizou, ainda, o Sindicato a negociar com a federação dos bancos.

Foram 641 os trabalhadores de bancos públicos e privados que votaram na assembleia. Três chapas foram inscritas, sendo que a apresentada pela diretoria do Sindicato teve mais de 80% dos votos.

> Vídeo: eleitos representantes que debatem reivindicações 

“É muito importante começar a campanha com uma assembleia tão representativa e respeito aos espaços democráticos para que as decisões tomadas reflitam a vontade soberana da categoria”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. “Precisamos mais do que nunca estar unidos e organizados e, para além das nossas justas reivindicações, combater a tentativa de retirada de direitos trabalhistas colocada pelo governo interino, empresários e Congresso Nacional”, destaca a dirigente.

Facebook: confira vídeos da assembleia

Prioridades – Em consulta feita pelo Sindicato, da qual participaram 14.286 trabalhadores este ano, os bancários apontaram como prioridades aumento real (81%), PLR maior (88%), fim das demissões, com mais contratações (73%), e melhores condições de trabalho sem assédio moral (60%) ou metas abusivas.

A categoria foi taxativa também em relação à conjuntura: não aceitam nenhum direito a menos e vão à luta em defesa dos bancos públicos (88%), contra a terceirização ilimitada (90%), contra o aumento do tempo para se aposentar (67%) e mudanças trabalhistas que ameacem férias, jornada, hora extra, 13º (73%).

“Já nos reunimos com representantes de trabalhadores de outras categorias em campanha no segundo semestre e estaremos unificados. Temos de estar preparados até para uma greve geral contra a flexibilização de direitos e a precarização do trabalho”, diz Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato. “Somos milhões em todo o Brasil e haverá uma grande mobilização caso avancem contra conquistas históricas dos trabalhadores. O Brasil já tem desigualdade demais. Passou da hora de tirar de quem ganha tanto, como os grandes empresários, os banqueiros. Taxem grandes fortunas, acabem com as isenções de impostos de quem ganha muito. A classe trabalhadora não vai pagar o pato da crise mais uma vez.”

A assembleia aprovou, ainda, a contribuição assistencial de 2,5% do salário mais R$ 10, com teto de R$ 220.

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Cláudia Motta - 12/7/2016
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