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São Paulo – O Sindicato consolida-se cada vez mais como importante produtor de conhecimento sobre relações de trabalho no setor financeiro. Desde 1996, a entidade oferece, por intermédio do Centro de Formação Profissional, cursos de qualificação com baixo investimento e ótimo aproveitamento no mercado. Em 2016, tiveram início as aulas das primeiras turmas de Administração na Faculdade 28 de Agosto. E, na segunda-feira 4, essa história ganhou mais um capítulo: o lançamento do segundo número dos Cadernos 28 de Agosto.
> Vídeo: lançado estudo sobre trabalho bancário
Para marcar o lançamento de mais uma publicação acadêmica da Faculdade, foi realizado um seminário, no qual cada pesquisador apresentou os temas abordados em artigos que fazem parte do periódico.
“É uma alegria muito grande dar mais este passo. Neste segundo caderno, os artigos falam do nosso cotidiano, da organização do trabalho, das transformações tecnológicas e os impactos na categoria, da questão do assédio moral, e da nossa ação sindical internacional”, destacou a diretora-geral da Faculdade 28 de Agosto, Neiva Maria dos Santos. “Com este lançamento, começamos a ter nossos cadernos temáticos. O próximo deve sair por volta do final de agosto”, completou o diretor acadêmico da instituição, Moisés da Silva Marques.
Abrindo a sequência de falas dos pesquisadores, o advogado e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo, Camilo Caldas – que participou do seminário por vídeo –, falou sobre seu artigo Assédio Moral e Direitos Fundamentais: Estudo de Casos Envolvendo Bancários.
“A fronteira entre o que é ou não assédio não é estabelecida na legislação. Os tribunais têm o poder de fixar essa fronteira através de um conjunto de elementos. Portanto, essa pesquisa, aliada à luta do Sindicato, pode contribuir para que juristas reconheçam certas situações como abusivas”, enfatizou.
Em seguida, o pesquisador de relações de trabalho e recursos humanos em processos de globalização, Arnaldo Mazzei, abordou as transformações organizacionais e o trabalho no sistema financeiro. Na sua pesquisa, Mazzei buscou conhecer as impressões do bancário sobre o presente e o futuro da profissão. “O trabalhador, muitas vezes, se vê frustrado diante da falta de perspectivas e do autoritarismo dos bancos. Se não fosse a atuação do Sindicato, a situação seria muito pior.”
A diretora do Sindicato e docente da Faculdade 28 de Agosto, Ana Tércia Sanches, discorreu sobre condições de trabalho. “Identificamos que 85% dos trabalhadores do setor financeiro consideram que a pressão e o ritmo de trabalho são elevados. Os gerentes de contas são os que mais concordam. Já 63% admitem a existência do assédio moral.”
Por sua vez, a consultora da CUT e especialista em relações trabalhistas e processos de integração no Mercosul, Silvia Portela, abordou a ação sindical internacional do setor bancário. Para ela, frente à globalização dos serviços e o avanço da direita, o movimento sindical precisa pensar estratégias de atuação integrada na região. “Com este governo interino e as mudanças políticas na Argentina, aumenta o temor de o mercado estabelecer livremente sua estrutura de serviços.”
Por fim, a diretora do Sindicato e presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, contribuiu mencionando a atuação sindical internacional nos dias atuais. Entre os exemplos citados por ela está a Aliança das Américas em Defesa dos Bancos Públicos. “A área internacional é fundamental. Não é mais possível, com a crescente globalização da economia, trabalhar de forma isolada”, concluiu.
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Felipe Rousselet – 4/7/2016
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Para marcar o lançamento de mais uma publicação acadêmica da Faculdade, foi realizado um seminário, no qual cada pesquisador apresentou os temas abordados em artigos que fazem parte do periódico.
“É uma alegria muito grande dar mais este passo. Neste segundo caderno, os artigos falam do nosso cotidiano, da organização do trabalho, das transformações tecnológicas e os impactos na categoria, da questão do assédio moral, e da nossa ação sindical internacional”, destacou a diretora-geral da Faculdade 28 de Agosto, Neiva Maria dos Santos. “Com este lançamento, começamos a ter nossos cadernos temáticos. O próximo deve sair por volta do final de agosto”, completou o diretor acadêmico da instituição, Moisés da Silva Marques.
Abrindo a sequência de falas dos pesquisadores, o advogado e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo, Camilo Caldas – que participou do seminário por vídeo –, falou sobre seu artigo Assédio Moral e Direitos Fundamentais: Estudo de Casos Envolvendo Bancários.
“A fronteira entre o que é ou não assédio não é estabelecida na legislação. Os tribunais têm o poder de fixar essa fronteira através de um conjunto de elementos. Portanto, essa pesquisa, aliada à luta do Sindicato, pode contribuir para que juristas reconheçam certas situações como abusivas”, enfatizou.
Em seguida, o pesquisador de relações de trabalho e recursos humanos em processos de globalização, Arnaldo Mazzei, abordou as transformações organizacionais e o trabalho no sistema financeiro. Na sua pesquisa, Mazzei buscou conhecer as impressões do bancário sobre o presente e o futuro da profissão. “O trabalhador, muitas vezes, se vê frustrado diante da falta de perspectivas e do autoritarismo dos bancos. Se não fosse a atuação do Sindicato, a situação seria muito pior.”
A diretora do Sindicato e docente da Faculdade 28 de Agosto, Ana Tércia Sanches, discorreu sobre condições de trabalho. “Identificamos que 85% dos trabalhadores do setor financeiro consideram que a pressão e o ritmo de trabalho são elevados. Os gerentes de contas são os que mais concordam. Já 63% admitem a existência do assédio moral.”
Por sua vez, a consultora da CUT e especialista em relações trabalhistas e processos de integração no Mercosul, Silvia Portela, abordou a ação sindical internacional do setor bancário. Para ela, frente à globalização dos serviços e o avanço da direita, o movimento sindical precisa pensar estratégias de atuação integrada na região. “Com este governo interino e as mudanças políticas na Argentina, aumenta o temor de o mercado estabelecer livremente sua estrutura de serviços.”
Por fim, a diretora do Sindicato e presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, contribuiu mencionando a atuação sindical internacional nos dias atuais. Entre os exemplos citados por ela está a Aliança das Américas em Defesa dos Bancos Públicos. “A área internacional é fundamental. Não é mais possível, com a crescente globalização da economia, trabalhar de forma isolada”, concluiu.
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Felipe Rousselet – 4/7/2016