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Plenária geral neste domingo define pauta

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Após seminário com especialistas na sexta e debates internos em grupos no sábado, delegados eleitos vão fechar 18º Conferência Nacional dos Bancários aprovando reivindicações da Campanha 2016
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São Paulo - A pauta de reivindicações dos bancários de todo o Brasil para a Campanha Nacional Unificada 2016 será definida no domingo 31, durante a plenária geral da 18ª Conferência Nacional. O documento, a ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) em 9 de agosto, contém as demandas para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A data-base da categoria é 1º de setembro

A plenária de domingo é a conclusão de três dias de trabalho. No primeiro, na sexta 29, os delegados presentes, eleitos em assembleias por todo o Brasil para representar a categoria, participaram do seminário Sistema Financeiro e Sociedade ao lado de especialistas em Economia, Direito, Geografia Humana. A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o ex-presidente Lula e o presidente da CUT, Vagner Freitas, também participaram do evento

Na abertura solene, representantes de várias categorias, como petroleiros, metalúrgicos e vigilantes, reforçaram a importância da unidade dos trabalhadores das campanhas salariais do segundo semestre.

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No sábado, os delegados bancários dividiram-se em quatro grupos sobre os principais eixos da Campanha Nacional Unificada 2016 – Emprego; Remuneração; Saúde do Trabalhador, Segurança Bancária e Condições de Trabalho; além de Estratégia para Organização da Luta e Disputa da Sociedade – e debateram itens da pauta de reivindicação.Os pontos que não obtiveram mais de 80% de aprovação nos grupos serão apresentados na plenária final do domingo.

A participação no encontro nacional chegou a 633 delegados, sendo 233 mulheres e 400 homens.

Emprego – Os delegados bancários que participaram do grupo sobre emprego discutiram reivindicações específicas para agências digitais e novas tecnologias. A diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro destaca que o tema é relativamente novo no setor bancário e ainda há muitos aspectos a serem regulamentados. “Uma questão fundamental, por exemplo, é o acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades, que tem sido dificultado pelos bancos. Precisamos de uma cláusula na CCT que garanta esse direito.”

Outras questões dizem respeito às condições de trabalho nas agências digitais. “Temos denúncias de que esses bancários trabalham até oito horas com headset, por isso, é fundamental uma cláusula que estabeleça no máximo seis horas de trabalho, que é a jornada estabelecida por lei para quem trabalha com teleatendimento. Outro problema é que eles em geral têm um volume muito grande de clientes para atender, e isso também precisa ser revisto e clausulado na CCT [Convenção Coletiva de Trabalho].”

O grupo também discutiu temas importantes para a categoria como a luta contra a terceirização e contra o corte de postos de trabalho no setor.

Remuneração – Os debates sobre remuneração giraram em torno dos valores do piso, vales e da PLR que serão reivindicados aos bancos na Campanha Nacional 2016.

"O grupo de trabalho fez um debate muito qualificado sobre propostas encaminhadas por trabalhadores de todo o Brasil", afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. "Polêmicas como o índice de reajuste salarial e o valor da Participação nos Lucros e Resultados a serem reivindicados dos bancos foram debatidas e remetidas para discussão na plenária final que definirá a pauta de reivindicações no domingo", explica a dirigente.

Saúde – No grupo que debateu saúde, segurança e condições de trabalho, os delegados aprovaram reivindicações para garantir mais transparência no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). “Queremos ter acesso às informações que constam nos serviços médicos dos bancos, tanto em relação a exames periódicos quanto a ações preventivas implementadas pelas empresas”, informa o secretário de Saúde do Sindicato, Dionísio Reis.

Dionísio destaca ainda as reivindicações sobre Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes): “Uma das demandas é que todos os locais de trabalho tenham Cipa e que os treinamentos e a Sipat [Semana Interna de Prevenção de Acidentes] sejam presenciais e com participação dos bancários”.

Também será cobrado que os planos de saúde sejam mantidos após a aposentadoria do trabalhador e que sejam custeados pelas empresas.

Sobre as questões de segurança nas agências, foram reforçadas reivindicações que já constavam nas pautas anteriores como a presença de dois vigilantes por andar e a instalação de biombos entre os caixas e a fila de atendimento.

Estratégia de Luta – O Grupo de Organização do Movimento avaliou 104 propostas enviadas por sindicatos e federações, em oito blocos de discussão dos seguintes temas: Organização, Campanha Nacional Unificada, Organização do Momento, Bandeiras de luta, Disputa da Sociedade, Sistema Financeiro Nacional e Conferência Nacional.
“Debatemos a importância da unidade da categoria para a Campanha 2016 e destacamos estratégias de luta em defesa do emprego, fim das demissões imotivadas, fim da terceirização, em defesa das empresas públicas. Diante dos ataques aos direitos, os bancários dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, defesa da CLT, além da importância de esclarecer a população sobre a alta de juros tão nefasta à sociedade”, explica a secretária de Comunicação e Imprensa do Sindicato, Marta Soares. “Nenhum direito a menos.”


Rede Nacional de Comunicação dos Bancários - 30/7/2016
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