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Um milhão de pessoas na greve geral do Uruguai

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Classe trabalhadora uruguaia se une contra ajuste fiscal. “Argentina e Brasil passam pelo mesmo processo. Por isso, estamos nos preparando para paralisar o país”, afirma dirigente Cutista
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São Paulo - Um milhão de uruguaios aderiram à greve geral, na quinta-feira 14, convocada pelo Plenário Intersindical de Trabalhadores - Convenção Nacional de Trabalhadores (PIT-CNT), contra o ajuste fiscal imposto pelo governo do presidente Tabaré Vazquez (Frente Ampla). O protesto também se coloca contra o aumento de tarifas na Argentina e o golpe no Brasil.

Para o secretário adjunto de Relações Internacionais da CUT, Ariovaldo de Camargo, o caminho adotado pela classe trabalhadora uruguaia deve ser traçado por Brasil e Argentina. “Estamos diante de uma conjuntura em que a direita impõe uma agenda conservadora à América do Sul. O Mercosul está sendo pressionado por outros blocos econômicos a promover ajustes fiscais”, disse o dirigente.

A greve geral deve trazer peso para as negociações para reajustes salariais no Uruguai, que estão comprometidas por conta da pressão exercida pelo governo por ajustes que incidem em cortes em direitos trabalhistas.

“A Argentina está sofrendo com um ajuste mais brutal que o uruguaio. No Brasil, o governo golpista está querendo impor uma agenda que vai prejudicar a classe trabalhadora. Por isso, seguimos na construção da greve geral, nossa proposta encontra ressonância no que está sendo feito pelos uruguaios”, encerrou Ariovaldo de Camargo.

As Centrais sindicais uruguaias exigem a criação de novos postos de trabalho, para ampliar a capacidade de consumo interno, o que poderia estimular o crescimento da economia do país. Para tanto, insistem que o governo deve investir em compra de insumos de produtores nacionais.

A PIT-CNT denunciou, ainda, durante coletiva de imprensa, que o governo já fez cortes substanciais no orçamento universitário, o que comprometeria a pesquisa científica no Uruguai.


Igor Carvalho, da CUT, com informações do Brasil de Fato - 15/7/2016
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