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Urgência total para defesa de direitos

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Bancários fazem no dia 12 primeira assembleia da Campanha Nacional Unificada 2016 para eleger delegados que votarão pauta de reivindicação. Participação é fundamental em cenário de ameaça a aposentadoria, jornada, liberação da terceirização entre outras conquistas
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São Paulo - A Campanha Nacional Unificada 2016 está começando. Nesta terça 12, os bancários fazem assembleia para eleger os delegados que participarão das conferências estadual (sábado 16) e nacional (de 29 a 31 de julho). Nesses fóruns serão debatidas as demandas que vão compor a pauta final de reivindicações a ser entregue aos bancos em agosto.

A participação dos bancários em todo o processo da campanha sempre foi importante. Neste ano, diante do cenário de retirada de direitos, é mais do que fundamental. A preocupação dos bancários foi, inclusive, manifestada na consulta feita com a categoria (veja ao lado).

“Estaremos unidos a outros trabalhadores que também fazem suas campanhas no segundo semestre. Somos milhões de trabalhadores em todo o Brasil, bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros, lutando por aumento salarial, participação nos lucros, defesa das conquistas, mas principalmente contra a retirada de direitos”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

Nos últimos dois meses, o governo interino, com o apoio de empresários e banqueiros, vem divulgando uma série de medidas que prejudicam somente a classe trabalhadora. Dentre as mais nocivas estão a reforma da Previdência – com aposentadoria somente a partir dos 65 ou 70 anos para todos (homens e mulheres, da cidade e do campo) e dificuldades para quem se afasta por doença –; a aprovação da terceirização ilimitada, inclusive para atividades-fim; e agora a ampliação da jornada de trabalho para até 80 horas semanais.

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“É impressionante que nada foi sugerido para alterar a lógica dos que ganham cada vez mais”, critica Ivone. “Que tal taxar grandes fortunas, heranças, acabar com a isenção de impostos para quem recebe dividendos de ações? Só com essa última proposta, mais de R$ 34 bi ao ano seriam arrecadados pela União. Há muitas outras medidas para adotar, antes de acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora e aumentar ainda mais a desigualdade que já é gigantesca no Brasil”, afirma, convocando os bancários para luta. “A assembleia do dia 12 é apenas a primeira de uma série de atos que mobilizarão os bancários em torno dos seus direitos e por mais avanços. Os bancos seguem ganhando muito e não vamos aceitar retrocessos na nossa campanha. Nenhum direito a menos.” 


Redação - 11/7/2016

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