Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Call Center

Dirigentes cobram soluções para problemas no Vila Santander 

Linha fina
Representantes dos trabalhadores trataram de temas relacionados a escalas de trabalho nos finais de semana, pausas de trabalho, assédio moral e falhas na apuração dos resultados de vendas
Imagem Destaque
Foto: Paulo Pepe

São Paulo – Representantes dos trabalhadores reuniram-se com integrantes do Santander para tratar de denúncias de bancários lotados em diversos departamentos do Call Center. A reunião ocorreu na quinta-feira 20 e cobrou soluções para escalas nos finais de semana, pausas, assédio moral e problemas na apuração dos resultados de vendas

Escala de trabalho aos finais de semana – Funcionários do Departamento Conta Corrente chegam a trabalhar até quatro finais de semana seguidos, ou aos sábados, ou aos domingos.  Os representantes dos trabalhadores cobraram intervalos mais razoáveis, garantindo finais de semana de descanso cheios. O banco se comprometeu a atender as demanda sem, entretanto, dar um prazo.

Pausas – Bancários do Teleatendimento sofrem com pausas programadas muito próximas umas da outras. Os funcionários entram as 12h e têm a primeira pausa entre 13h e 13h10. A segunda pausa deve ser cumprida entre 13h50 e 14h10. A partir deste horário até o final da jornada, às 18h, não há mais nenhuma pausa. O Sindicato cobrou espaço de tempo maior  entre os intervalos de descanso e alimentação.    

Em relação a este ponto, o Santander afirmou que nada será feito porque o volume de ligações é muito grande. “Para o funcionário conseguir intervalos mais razoáveis bastava o banco contratar mais. Mas ao invés disso, o Santander demite funcionários mesmo apresentando lucros astronômicos e cada vez maiores”, critica o dirigente sindical e bancário do Santander André Bezerra. 

Santander defende desmonte trabalhista de Temer

O Santander Brasil lucrou R$ 7,3 bilhões em 2016, aumento de 10,8% em relação a 2015. No primeiro trimestre deste ano, seu resultado aumentou 37,3% em 12 meses (março de 2016 a março de 2017), alcançando R$ 2,280 bilhões. Mesmo com esse resultado, o banco eliminou 3.245 postos de trabalho entre março de 2016 e março de 2017. 

“O Santander segue demitindo pais e mães de família e se recusa a contratar, mesmo quando a realidade vivida pelos bancários, como no caso do setor Teleatendimento, comprova a necessidade de abrir vagas. É um desrespeito imenso com o país que responde por 26% do lucro global do banco”, critica André Bezerra. 

“Nós não concordamos com a atual situação e cobramos bom senso e respeito da gestão. Já os bancários precisarão se mobilizar para lutar para que as condições de trabalho dignas sejam uma realidade e não só um discurso vazio da direção do Vila Santander.” 

Assédio moral – O Sindicato cobrou resposta e solução definitiva para casos de assédio moral no Vila Santander, que têm sido recorrentes e já foram tratados em reuniões anteriores. O banco respondeu que irá reorientar ou realocar os gestores alvos de queixas dos trabalhadores. 

Mais Certo – Também foram questionados os problemas relacionados ao Mais Certo, que apura os resultados dos Gerentes Digitais. O sistema apresenta falhas, não auferindo corretamente o que foi vendido. Isso está fazendo com que muitos bancários deixem de receber corretamente por aquilo que venderam. 

O banco reconheceu que o programa apresenta falha e se comprometeu a dar uma resposta a respeito do que será feito para sanar o problema. 

“Vamos continuar acompanhando essas questões e mantendo os bancários informados sobre qualquer novidade”, diz o dirigente sindical e bancário do Santander André Bezerra. 

seja socio