O chamado “Apontamento de Condutas” é a mais nova ferramenta da gestão de terror implementada na Caixa sob a direção de Pedro Guimarães. O Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Apcef/SP têm recebido denúncias dos empregados de que esse instrumento vem sendo aplicado para o descomissionamento sem direito à incorporação, em decorrência de “falhas comportamentais” ou “baixo desempenho” previstos no normativo CR 444, que trata do chamado Programa de Incentivo às Práticas de Vendas Qualificadas (PQV).
“O prejuízo ao empregado é enorme. O descomissionamento por justo motivo não dá direito à incorporação de função, que foi mantida graças à ação judicial das entidades”, destaca o dirigente da Apcef/SP André Sardão. Ele explica que o “Apontamento de Condutas”, previsto no método chamado PQV, não retira função por produção – o que também vem ocorrendo no banco –, mas sim por “absurdos como mau humor, reclamação de cliente ou apontar o dedo.”
Quando a gestão Pedro Guimarães publicou o PQV, o Sindicato e a Apcef/SP alertaram para os riscos de sua aplicação, conforme avaliação da assessoria jurídica da Apcef/SP, e os representantes dos empregados na mesa de negociação reivindicaram sua revogação.
“Desde o início, era evidente que a aplicação do instrumento poderia ocorrer de forma persecutória e arbitrária, e por isso reivindicamos sua suspensão. Os relatos que estamos recebendo confirmam esta previsão, já que os empregados estão sofrendo apontamentos sem ter a possibilidade de apresentar defesa”, explicou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “As condutas indicadas como ‘falhas comportamentais’ são absurdas e o seu julgamento, completamente subjetivo. Como é possível que o empregado se mantenha de bom humor o tempo todo? Ou que nunca haja reclamações de clientes, uma vez que as causas dessas reclamações são justamente o sucateamento imposto pela própria empresa?”, questiona Leonardo Quadros.
Conforme as denúncias recebidas, está sendo determinada a aplicação do chamado “apontamento de condutas”, que substituiu o MO de descomissionamento por justo motivo, e não está sendo oferecido aos empregados a oportunidade de apresentar esclarecimentos ou defesa.
As entidades continuam cobrando da Caixa a suspensão do normativo CR444. E os dirigentes sindicais orientam os bancários a continuarem denunciando a prática.
Denuncie ao Sindicato
Caso sofra ameaça de punição pela aplicação do normativo, entre em contato com o Sindicato pela Central de Atendimento - você pode falar conosco via chat ou solicitação via formulário ou whatsapp.