Uma agência do Banco do Brasil, no bairro de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, foi palco de protesto em defesa do banco público. A atividade foi deflagrada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região nesta segunda-feira 5
“Denunciamos à população o desmonte que o Banco do Brasil vem sofrendo nos últimos anos, com o fechamento de milhares de postos de trabalho e centenas de agências pelo país. Dialogamos sobre a importância do banco público para o comércio, os empregos e a movimentação da economia em regiões como Sapopemba, que fica na periferia, onde muitas vezes os bancos privados não têm interesse de operar, porque não trazem o retorno financeiro considerado suficiente, por visarem exclusivamente o lucro", afirma o dirigente sindical e bancário do Banco do Brasil Antonio Netto.
“Importante destacar que, de uma forma geral, Sapopemba é uma região muito populosa e muito carente de serviços públicos. É um dos bairros recordistas de mortes em decorrência da covid-19 e um também um dos mais pobres de São Paulo. E, mesmo assim, o Banco do Brasil está presente na região, concedendo crédito mais acessível para os pequenos comércios, via Pronampe, ainda que operando com sobrecarga, em uma agência que convive diariamente com filas muito grandes por causa do número insuficiente de bancários para o atendimento: apenas seis. Um resultado direto do processo de sucateamento que o banco público vem enfrentando desde 2016, com seguidos planos de demissão voluntária e fechamento de unidades bancárias”, acrescenta Antonio.
Apoio da população
O dirigente ressalta que o ato foi muito bem recebido pela população, que fez muitas críticas ao governo e entendeu a importância dos bancos públicos, bem como manifestou apoio ao fortalecimento destas instituições financeiras que, apesar do sucateamento promovido pelos últimos governos de orientação neoliberal, ainda atuam em regiões como Sapopemba, onde os bancos privados costumam negligenciar.
A atividade foi realizada em parceria com a vereadora Juliana Cardoso (PT) e com o ex-presidente do Sindicato e vice-presidente da CUT São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.
“Defendo o Banco do Brasil e a Caixa porque são duas instituições fundamentais para a população de baixa renda. O BB financia os pequenos agricultores, que são os responsáveis pela produção de alimentos para os brasileiros. BB e Caixa financiam a casa própria para a população de baixa renda”, enfatiza Juliana Cardoso, vereadora por São Paulo, nascida em Sapopemba.
“A CUT luta pela defesa das empresas públicas que geram o desenvolvimento social e econômico. No caso do Banco do Brasil, a instituição financeira fomenta a economia local a partir do crédito concedido para o comércio. Ali havia duas agências, mas uma já foi fechada durante o governo Temer e, com o atual governo de orientação também privatista e neoliberal, o risco de fechar a outra unidade que sobrou é muito grande. O ato foi foi muito bem recebido pela população que entendeu a importância de defender a manutenção do Banco do Brasil como um banco público em um bairro como Sapopemba a fim de garantir o desenvolvimento da região.” Luiz Cláudio Marcolino, vice presidente da CUT São Paulo e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
“Estamos atuando com representantes do povo que estão preocupados com a sua população e que entendem a importância do Banco do Brasil para a região, o que é fundamental para que se faça a política da maneira a voltar aos interesses da população. Não dá mais para aceitar que o BB continue precarizando o atendimento nos bairros mais periféricos. E todos que se somarem a essa luta serão muito bem vindos”, afirma o dirigente sindical e bancário do BB João Maia.