São Paulo – Foi só a Folha Bancária revelar os argumentos usados nas duas primeiras rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban) e os bancários responderam com indignação. Por meio do Boca no Trombone (clique aqui), foram muitas mensagens criticando a postura dos bancos.
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> Bancos aprimoram “truques” nas negociações
Na mesa de saúde, disseram que as metas não são abusivas. São desafiadoras.
> Bancos veem metas que adoecem como desafio
“As maléficas metas são encaradas por eles como desafiadoras; seria engraçado se não fosse um acinte a cada bancário que como eu teve de fazer tratamento de saúde pela pressão mental a que é exposto. Saúde laboral não é matéria de gestão apenas, cabe a nós bancários darmos um basta nisso”, diz uma mensagem.
“No Bradesco, além de existir ‘meta de atendimento telefônico’, obrigando-nos a atendê-lo até o terceiro toque, agora o banco inventou de debitar da receita das agências uma taxa obscura, quando não conseguimos atender até o fatídico terceiro toque. Isso carece de explicações plausíveis.”
“No Santander, o caixa tem meta de venda de produtos. Se não vende, é cobrado e chega até a sofrer assédio moral. Além de termos de atender com poucos funcionários, temos que vender, vender e vender, auxiliamos na tesouraria e demais áreas e tudo isso sem hora extra. Ritmo insano e doentio.”
“Um absurdo o que o Itaú está fazendo com seus funcionários! RGAS e Superintendência querem metas batidas na primeira quinzena e, para piorar, querem 150% em todos os produtos. E se não bastaste, temos de ficar enviando e-mails de corrente para ver quem faz mais e todo final de mês somos ranqueados.”
“Tem alguma coisa mais insuportável do que atender no caixa olhando para aquele ‘semáforo’ e rezando para ninguém do PSO do Banco do Brasil ficar ligando na agência para te torturar por causa do atendimento?”
A Fenaban afirmou que os bancários não estão preocupados com o emprego, mas os trabalhadores:
> Bancários cobram retomada das contratações
“Qualquer pessoa que for a uma agência vai verificar que há falta de funcionários. O problema é que não repõem vagas e os que ficam trabalham por dois, três, quatro funcionários, e mesmo assim nunca somos valorizados. Falta estrutura para o trabalho, qualidade, e o que sentimos é impotência e muita.”
“A mesma história se repete no interior de PE. As agências cheias, empregados sobrecarregados de trabalho e a Caixa até agora só convocou seis candidatos do último concurso, quando existe a necessidade de contratar pelo menos 300 para melhorar o atendimento e não comprometer a saúde dos empregados.”
“O ritmo de trabalho imposto pelo Santander é absurdo. Faltam caixas, as metas são abusivas e ainda precisamos suprir as demais deficiências da agência, além de ter de arcar com as reclamações decorrentes da demora da fila, do atendimento precarizado...Absurdo!”
“O Itaú está de brincadeira. Demissão em massa, caixa que trabalha sozinho fazendo tesouraria e gerência da agência, recebendo salário de caixa. Agora vamos ter de fazer a CPA-10 para fazermos o trabalho da comercial.”
Redação - 9/8/2012
