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Bancários querem parcelar adiantamento das férias

Linha fina
Nova cláusula da pauta de reivindicações quer acabar com o “aperto” no mês seguinte; salário seria descontado em até 10 vezes sem juros
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São Paulo – Quando saem de férias, os trabalhadores recebem, além do adicional que corresponde a um terço do salário, o salário do mês seguinte adiantado. Esse adiantamento é descontado de uma só vez no dia do pagamento no mês de retorno do descanso, o que faz com que muitos trabalhadores acabem passando por dificuldades financeiras quando retornam das férias.

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Para evitar isso, a categoria adicionou uma nova cláusula na pauta de reivindicações entregue à federação dos bancos (Fenaban) em 1º de agosto, e que está sendo discutida nas mesas de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários. A cláusula faculta ao trabalhador o desconto do salário adiantado em até 10 vezes sem juros, a exemplo do que já fazem Banco do Brasil e Caixa. Assim, ao invés de retornar das férias e não receber nada, o trabalhador receberia o salário com o desconto, apenas, da primeira parcela. As parcelas seguintes seriam descontadas nos meses seguintes, sucessivamente.

Bancária de uma instituição privada, Cibele acredita que a medida iria ajudar muito no retorno das férias. “Costumo tirar minhas férias entre setembro e outubro, então normalmente quando volto já posso contar com a primeira parcela da PLR, por isso fico mais tranquila. Mas os colegas que tiram férias em outros períodos reclamam muito. Eu mesma, se mudasse meu mês de férias, passaria por dificuldades na volta”.

Tiago, funcionário de outro grande banco privado, concorda: “É muito comum os bancários passarem aperto no mês seguinte ao das férias. Eu já passei muito por isso. É preciso ser muito controlado pra não sentir falta do dinheiro no retorno, até porque nas férias normalmente você gasta muito mais. Depois as contas vão vencendo e você vai ficando apertado. Acho uma ótima medida e ajudaria muito, e é importante que ela seja opcional, assim o trabalhador não precisa aderir se não quiser.”


Andréa Ponte Souza - 23/8/2012

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