São Paulo - Desde que foi conquistada, em 1995, as regras para o pagamento da PLR dos bancários foi sendo ajustada, com o objetivo de melhorar a distribuição do lucro aos empregados do setor. Ainda que com muita mobilização a categoria tenha garantido que o valor recebido seja sempre maior, os resultados dos bancos sobem demais. Assim, ano a ano acaba sendo reduzida a porcentagem do lucro líquido que as instituições dividem entre os bancários.
Em 1995, a parcela fixa da regra básica era de R$ 200 e aumentou até chegar a R$ 1.400 em 2011 – crescimento real de 142%. Mas o aumento real do lucro (acima da inflação) foi de 1.112%, atingindo a cifra de R$ 53 bilhões entre os sete maiores bancos entre 1994 e 2011.
Também cresceu a porcentagem do salário paga na regra básica: em 1995 era de 72% e em 2011 chegou a 90%. A partir de 2006, os trabalhadores também garantiram o direito à parcela adicional que correspondente à divisão linear de 2% do lucro líquido.
Mesmo com todas essas mudanças, caiu significativamente a porcentagem do LL distribuída aos bancários. Em 1995, por exemplo, os maiores privados pagaram em média 14% do lucro líquido a título de PLR. Em 2011 esse número ficou em 6,4%.
“Cresce de forma exponencial o lucro do setor que, além disso, vem reduzindo o número de empregados nas duas últimas décadas. Dessa forma, gastam cada vez menos com a PLR dos trabalhadores. Isso tem de mudar. Daí nossa reivindicação, de pagamento de três salários mais valor fixo de R$ 4.961,25. Assim, os bancários teriam direito a uma parcela maior e mais justa do estrondoso resultado que ajudam a construir todo ano”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
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Cláudia Motta - 24/8/2012
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Apesar do avanço anual na PLR, desde 1995 lucros exponenciais dos bancos reduziram de 14% para 6,4% parte creditada para os trabalhadores
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