São Paulo – Uma das maiores conquistas dos trabalhadores do Banco do Brasil é a necessidade de três avaliações negativas e consecutivas para que ocorra qualquer descomissionamento.
Essa importante ferramenta, no entanto, foi objeto de intenso debate entre os representantes dos trabalhadores e da direção da empresa na negociação específica da Campanha Nacional ocorrida em 20 de agosto. Na ocasião, o banco propôs reduzir as avaliações de três para uma, o que provocou protesto por parte dos dirigentes sindicais, que ameaçaram, inclusive, deixar a mesa de negociação.
“Nosso empenho é que esse acordo seja de fato respeitado pelo banco. Temos recebido denúncias de que estão ocorrendo descomissionamentos unilaterais e sem as três avaliações”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Cláudio Luis de Souza, acrescentando que o banco postou comunicado interno tentando justificar sua postura nas negociações por meio de números que tentam mostrar serem poucos os descomissionamentos. “Não aceitamos esse argumento, pois consideramos que as três avaliações coíbem injustiças. E mais, se os números são baixos como alegam, então por que tentam diminuir as avaliações?”, questiona o dirigente.
Cláudio Luis reforça ainda que os trabalhadores têm de consultar sempre os informativos oficiais do Sindicato - site e Folha Bancária – para saber do andamento das negociações. “Os negociadores do banco apostam na confusão para tentar desmobilizar os trabalhadores, que têm de estar atentos aos debates”, acrescenta.
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Redação - 28/8/2012
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Em comunicado interno empresa diz que os descomissionamentos não ocorrem de forma unilateral e são em pequeno número
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