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Agência do Itaú é fechada após tentativa de assalto

Linha fina
Sindicato também impede que banco transfira funcionários para outra unidade e exige abertura da CAT
Imagem Destaque

São Paulo – Além do susto em presenciar um assalto violento, com trocas de tiros, bancários ainda seriam obrigados a atender normalmente os clientes no dia seguinte à ação violenta. É o que teria acontecido em uma agência do Itaú, no Jardim São Lourenço, zona leste de São Paulo, caso o Sindicato não fechasse a unidade nesta quinta-feira 29.

Para agravar a situação, esta não foi a primeira vez que funcionários dessa agência viveram esse drama. “Houve outro no dia 5 de abril. Nossa preocupação com essas pessoas aumenta diante da reincidência”, destaca o dirigente sindical Sergio Lopes, o Serginho.

Desta vez, assalto ocorreu no fim da tarde de quarta 28. Logo após o ocorrido, Serginho já estava no local, no entanto a Polícia Militar não permitiu a entrada nem mesmo da inspetoria do banco.

Na ação, os bandidos tentaram render os vigilantes e houve tiroteio, sendo que um assaltante foi baleado. Cerca de 40 clientes estavam na agência.

Na manhã da quinta-feira, representantes do Sindicato voltaram ao local antes mesmo do horário de abertura da agência. “A unidade não abrirá e os funcionários não serão transferidos para outro local como o banco quer. Viemos aqui para garantir que esses bancários tenham atendimento psicológico adequado. Muitos não fazem ideia do quanto essa situação violenta pode prejudicá-los no futuro, com o desenvolvimento de síndrome do pânico, quadro de depressão, entre outras doenças”, alerta Serginho.

Quando o dirigente chegou ao local, a psicóloga ainda não estava na agência. Assim que ela chegou conversou com todos os funcionários, mas não emitiu a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).

“Cobramos que a CAT é de responsabilidade do banco, mas ela, apesar de concordar que os funcionários estavam visivelmente abalados, não emitiu. Vamos agora para cima do banco exigir o comunicado.” A CAT é importante para comprovar a relação do assalto com eventuais traumas mentais que apareçam no futuro.

Tapume – No lugar de uma das portas, que teve o vidro estilhaçado por conta dos tiros, foi colocado um tapume de madeira.



Gisele Coutinho – 29/8/2013

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