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Ato no CA Raposo é marcado por denúncias

Linha fina
Campanha acabou de começar e Itaú já intima funcionários a trabalhar de casa e organiza esquema de contingenciamento no tradicional prédio sem estrutura da Rua Fábia
Imagem Destaque

São Paulo – Os funcionários do Itaú do Centro Administrativo Raposo Tavares pararam para ouvir quais são as reivindicações e quando começam as negociações da Campanha Nacional Unificada 2013. O ato foi na quarta-feira 7, no horário de almoço.

“Esse contato com os trabalhadores é feito durante todo o ano, mas nesta época da Campanha Nacional é ainda mais intenso. Os próprios trabalhadores nos trazem denúncias sobre como o banco tenta enfraquecer a mobilização da categoria. Eles confiam nas informações do Sindicato”, explica a dirigente sindical Valeska Pincovai.

Segundo ela, bancários do CA Raposo denunciaram que alguns funcionários estão recebendo notebooks para trabalhar de casa, caso haja paralisação. “Além disso, denunciaram esquema de contingenciamento já organizado pelo banco, no tradicional prédio da Rua Fábia, na Lapa, local em que nos deparamos todos os anos com a falta de condição para abrigar os trabalhadores. Também já está sendo feito esquema na Atec para a tentativa de fazer os bancários realizarem trabalhos em casa ou em outros prédios do Itaú”, relata Valeska.

Para a dirigente, o banco está “colocando os pés pelas mãos”, se precipitando, já que a primeira rodada de negociação, que trata sobre saúde e condições de trabalho, ocorre na quinta e sexta-feira, dias 8 e 9. “A negociação nem começou e o banco já age para intimidar os trabalhadores?”, questiona.

Contra o direito do trabalhador – Outra denúncia feita durante o ato partiu da Área COR (Central Operacional da Rede) no bloco EII, sobre o desconto na folha de pagamento do dia 23 de julho, data em que os funcionários cruzaram os braços em protesto pelas demissões praticadas pelo banco. “Conversamos com os supervisores e dissemos que isso não poderia ser feito e, que o Sindicato estava lá para garantir o direito de quem participasse da manifestação.” O problema foi passado para o Departamento de Relações do Trabalho. “Caso o dia seja descontado, faremos novo protesto, pois se trata de uma situação inadmissível na tentativa de proibir os funcionários de exercerem seus direitos de lutar por melhorias”, destaca Valeska.

Em outro departamento, no Bloco DII, a reclamação foi de que os funcionários estão sendo obrigados a realizar horas extras, inclusive no final de semana do Dia dos Pais (10 e 11 de agosto). O problema foi passado ao Relações do Trabalho, que conversou com os gestores e foi garantido que a situação não se repetirá.


Gisele Coutinho – 7/8/2013

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