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Bancários cobram seriedade do Banco do Brasil

Linha fina
Representantes da instituição financeira prosseguem sem dar respostas às reivindicações específicas da Campanha 2013
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São Paulo – A segunda rodada de negociação específica entre os representantes dos funcionários e da direção do Banco do Brasil na sexta 23 seguiu a mesma toada do primeiro encontro: de um lado os dirigentes sindicais reforçando as reivindicações dos trabalhadores e, de outro, os negociadores do banco protelando respostas.

“Entregamos nossas reivindicações com antecedência, em 30 de julho, na expectativa de que pudéssemos resolver várias questões que prejudicam os trabalhadores já nessas primeiras reuniões. No entanto, os representantes do banco não têm a mesma disposição, por isso não temos avançado nos debates”, critica o diretor do Sindicato Cláudio Luis de Souza. “Reivindicamos que o banco mude de postura na reunião do dia 29, pois mantemos nossa disposição de construir propostas por meio do diálogo.”

> Vídeo: Cláudio Luis de Souza comenta as negociações

Na reunião, os dirigentes sindicais reivindicaram que, além das três avaliações negativas consecutivas para que houvesse o descomissionamento, fossem criados outros mecanismos de proteção aos funcionários. A essa questão o banco informou existirem poucos trabalhadores que perdem a função na empresa. “Muitas chefias utilizam a possibilidade de descomissionamento como instrumento de assédio moral. E perder a função tem impacto financeiro enorme na remuneração do trabalhador. Por isso, reforçamos que o banco tem de ampliar, de três para quatro, o número de avaliações negativas para o descomissonamento”, destaca Cláudio Luis.

Cassi e Previ para todos – O banco informou que irá recorrer da multa de R$ 10 milhões e da decisão da Justiça que o condenou – juntamente com a Cassi e a Previ – a dar a opção aos funcionários oriundos dos bancos incorporados Nossa Caixa, BEP e Besc de ingressarem nas caixas de Previdência e de Assistência. Os negociadores da instituição financeira sinalizaram que podem apresentar uma proposta para resolver a questão dos incorporados.

Igualdade de oportunidades – Os dirigentes sindicais reivindicaram que o TAO (Talentos e Oportunidades) seja aprimorado e aplicado em todas as dependências do banco, pois há denúncias de que em muitos setores prevalecem apenas indicações de chefias das pessoas a serem comissionadas. Para essa denúncia os negociadores do banco disseram que o TAO é respeitado.

PSO – Os trabalhadores reivindicaram a ampliação do número de caixas executivos na PSO (Plataforma de Suporte Operacional). De acordo com apuração feita pelo Sindicato, há gerentes em desvio de função para dar conta da demanda das agências, além disso tem aumentado o volume de processos administrativos contra os caixas, os quais, sobrecarregados acabam cometendo erros. A direção do banco sinalizou com a possibilidade de criar uma comissão específica para discutir a PSO.

Reestruturação – Os bancários também reclamaram que as constantes reestruturações prejudicam os funcionários. O banco se comprometeu em comunicar ao movimento sindical antes que haja qualquer reestruturação. O Sindicato cobra que além de ser informado quer também debater as mudanças para evitar impactos negativos aos funcionários.

Cassi – Os dirigentes reivindicaram que o banco arque com os custos de tratamento e medicamentos dos funcionários que se afastam por doença ocupacional. Atualmente é a Cassi que fica com esses custos. Os negociadores afirmaram que irão levar a questão para outras instâncias do banco.

CABB – Os trabalhadores cobraram o fim do monitoramento durante a venda de produtos pelos funcionários da CABB (Central de Atendimento). O banco não se posicionou em relação ao tema.


Jair Rosa 23/8/2013

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