São Paulo – Demissões, metas abusivas, desrespeito ao direito à saúde e adoecimento. Este é o quadro do Itaú Unibanco, uma das “melhores empresas para trabalhar”, segundo pesquisa realizada pelo Great Place to Work (GPTW) Brasil publicada pela Revista Época, das Organizações Globo.
A cerimônia de premiação da edição 2013 do ranking aconteceu na noite do dia 19 de agosto, no Espaço das Américas, Zona Oeste da capital paulista. Para o Sindicato, a premiação é no mínimo absurda.
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“O Itaú deveria ganhar o título de um dos piores bancos para se trabalhar, pois o ser humano não é respeitado. No Itaú, os anos que você se dedica à instituição viram-se contra você na hora da avaliação profissional, que é considerada negativa(baixa performance). O banco é uma máquina de adoecimento. Será que isso é realmente um bom lugar para trabalhar”, questiona Valeska Pincovai, diretora do Sindicato e bancária do Itaú.
Os dados do banco corroboram a indignação da dirigente sindical. Em 2012, o banco apresentou um lucro de R$ 14 bilhões. No entanto, Entre os meses de junho de 2012 e de 2013, o Itaú eliminou 4.458 vagas.
Recentemente, o Sindicato denunciou péssimas condições de trabalho em agências do Itaú em São Paulo, Osasco e região, como a falta de higiene em banheiros e ambiente empoeirados que facilitam o adoecimento. Há casos até de falta de equipamento básico para trabalhar e agências com apenas um funcionário atendendo uma multidão.
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Outra queixa comum dos bancários do Itaú são os péssimos serviços do plano de saúde concedido pelo banco. Para casos mais complexos, é preciso que o bancário entre na Justiça para ter seu atendimento coberto.
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Renato Godoy – 23/8/2013
