São Paulo – Os funcionários do Itaú que trabalham nos setores de atendimento instalados nos centros administrativos ITM e Tatuapé denunciam a pressão que sofrem para dar respostas imediatas às ligações. Eles têm poucos segundos para dar retorno às demandas que lhes são encaminhadas dos funcionários da rede de agências e dos clientes do banco. Os departamentos envolvidos são Bankfone 30 Horas, Uniclass, Personnalité, Investfone Atendimento a Gerentes e Investfone Consultoria a Clientes.
De acordo com o dirigente sindical Antonio Soares, o Tonhão, os gestores reduziram o tempo sem que houvesse qualquer diálogo com os funcionários. “Os trabalhadores reclamam dos poucos cinco a dez segundos que têm para dar todos os esclarecimentos, principalmente a demandas mais complexas de gerentes”, afirma. ”No caso de cliente ainda é mais complicado, pois além de atendê-los, os trabalhadores ainda têm de vender produtos para cumprir as metas. Tudo com o tempo controlado. Quando não conseguem, têm assinaladas pontuações negativas no seu desempenho e sofrem ameaças de demissão”.
Outra queixa é que quando os bancários questionam onde podem ter acesso aos critérios para as pontuações negativas, os gestores respondem que isto não precisa constar em nenhum material de apoio e que os funcionários nem sequer precisam ser avisados quando ocorrem mudanças nos procedimentos.
O Sindicato irá procurar a direção do Itaú para levar as queixas dos trabalhadores. “Queremos saber se isso é uma orientação geral ou parte apenas dos responsáveis dos setores. Não concordamos com essa postura e vamos cobrar que o banco dê condições dignas de trabalho aos funcionários”, acrescenta Tonhão.
Jair Rosa - 21/8/2013
