São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra da Credicard pelo Itaú Unibanco, anunciada em maio por R$ 2,767 bilhões. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira 21.
A operação envolveu a aquisição do controle do Banco Citicard, com uma carteira de crédito de R$ 7,3 bilhões no fim de 2012 e com uma base de 4,8 milhões de cartões de crédito, além de 96 lojas da Credicard Financiamentos, compondo ativos totais de R$ 8 bilhões.
Em documento submetido ao Cade, o Itaú havia informado que a compra contempla “acréscimo de participação de mercado desprezível da perspectiva concorrencial (inferior a 5%) no segmento de cartões, e menor ainda no empréstimo pessoal (inferior a 0,6%), no crédito consignado (inferior a 0,1%) e no financiamento para aquisição de veículos (inferior a 0,01%)”.
O Sindicato é contra a fusão das duas instituições, por acreditar que isso favorece o controle do mercado por poucas empresas, facilitando a prática de taxas abusivas e a retirada de direitos dos trabalhadores. A entidade vai cobrar a manutenção desses direitos durante todo esse processo de compra. “O Itaú teve um primeiro semestre com lucro de R$ 7 bilhões. Só que esses resultados volumosos, reforçados por essa mais nova compra, contrastam com a realidade dos trabalhadores do banco que sofrem com a cobrança agressiva por resultados, o grande número de afastamentos por adoecimento, o fantasma do desemprego diante dos 4.458 postos eliminados em um ano”, critica Marta Soares, diretora executiva do Sindicato.
Redação - 22/8/2013
