São Paulo – Apreensão e angústia tomam conta dos funcionários do Banco Rural, sob intervenção do Banco Central desde 2 de agosto. Esses sentimentos ficaram evidenciados na reunião entre trabalhadores da instituição financeira com representante do Sindicato na terça 13.
No encontro, eles questionaram se terão direito ao programa de participação nos resultados relativo ao primeiro semestre deste ano. E, se dispensados, receberão a remuneração extra que a empresa garantia aos demitidos e terão direito à manutenção do plano de saúde, uma vez que o convênio era mantido por meio da coparticipação dos empregados.
Em reunião com dirigentes sindicais bancários de Belo Horizonte, onde se concentra o maior número de trabalhadores da instituição financeira, o interventor assegurou que tanto os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), quanto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) serão respeitados.
O Sindicato cobra que haja reunião para tratar dos questionamentos feitos pelos funcionários de São Paulo. Além disso, a entidade convocará nova reunião com todos os trabalhadores do banco na capital.
Entenda o caso – Em 2 de agosto, o Banco Central informou que o Rural estava em situação econômico-financeira comprometida e sem plano viável de recuperação. Segundo o BC, em março de 2013 o conglomerado detinha 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do sistema financeiro.
A determinação do regime especial (intervenção e liquidação extrajudicial) ocorre quando a fiscalização do BC verifica algum tipo de problema na instituição financeira, como ausência de liquidez (recursos disponíveis), desvio de dinheiro, descumprimentos de normas ou não pagamento de obrigações.
Antes da liquidação extrajudicial, o BC faz intervenção para tentar resolver os problemas da instituição. Quando isso não é possível, é decretada a liquidação extrajudicial.
Jair Rosa - 14/8/2013
