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Tarifas bancárias sobem 36% em cinco anos

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Segundo economista do Idec, bancos estão cobrando mais caro dos clientes numa tentativa de compensar a queda dos juros
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São Paulo – As principais tarifas bancárias das seis maiores instituições financeiras do país ficaram 36% mais caras nos últimos cinco anos, acima da inflação no período (32,34%, medida pelo IPCA). O levantamento foi feito pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que comparou preços dos dez serviços considerados mais comuns no Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, HSBC e Santander, entre 2008 e 2013.

O Idec constatou que apesar de a maioria das tarifas terem sofrido cortes de até 50%, o avanço em outros serviços chega a 83%.

Segundo a economista do Idec Ione Amorim, responsável pela pesquisa, os bancos aumentaram algumas tarifas como forma de compensar as perdas com a queda dos juros, ofensiva do governo federal iniciada em abril do ano passado com os públicos BB e Caixa. As reduções apresentadas foram compensadas principalmente nos serviços ligados às ofertas de crédito. A economista destaca que essas cobranças têm peso grande no bolso do consumidor.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, os balanços mostram que os bancos podem muito bem baixar os juros sem precisar aumentar ainda mais os preços das tarifas. “Os bancos apresentaram lucros bilionários nesse primeiro semestre do ano. Ao mesmo tempo, demitem trabalhadores, pioram o atendimento ao cliente e ainda aumentam o valor dos serviços”, critica.

Ela lembra que as receitas com tarifas é tão alta que só com isso eles cobrem toda sua folha de pessoal e ainda sobra dinheiro. No Santander a relação receita de tarifas e prestação de serviços e despesas com pessoal ficou em 156,5%. No Bradesco é de 150% e no Itaú ficou em 170%. No BB é de 126% e na Caixa, 105%. Os dados são dos balanços relativos aos primeiros seis meses de 2013.

> Veja os números dos bancos

“Estamos em plena Campanha Nacional da categoria e até agora os bancos têm respondido às reivindicações dos trabalhadores com negativas. Mas não vamos aceitar que o setor mais lucrativo do país continue desvalorizando funcionários e clientes. Queremos que os bancos retribuam seus lucros e rentabilidade com salários maiores, condições de trabalho dignas, empregos para a sociedade e respeito aos usuários e correntistas”, destaca Juvandia.


Redação, com informações de O Globo – 19/8/2013

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