São Paulo - Jornada de seis horas, Convenção Coletiva de Trabalho com validade nacional, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), licença-maternidade de 180 dias e vale-cultura são alguns dos avanços conquistados por diversas gerações de bancários. Em homenagem à luta desses trabalhadores, instituiu-se o 28 de agosto como Dia do Bancário.
Nessa data, em 1951, foi realizada grande assembleia na qual os bancários de São Paulo aprovaram o início de uma greve em resposta à oferta de reajuste feito pelas instituições financeiras.
Os trabalhadores reivindicavam aumento de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. Os bancos fizeram a contraproposta de repassar somente os índices do custo de vida.
Embora bancários de outros estados tenham aceitado a oferta patronal, os paulistas desprezaram o que consideraram “gorjeta”, e enfrentaram 69 dias de greve sob forte repressão do Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Em 5 de novembro daquele ano, a Justiça determinou reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.
Mobilização constante – A greve de 1951 é mais um exemplo da garra da categoria que sempre se empenhou por condições dignas de trabalho e pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Hoje luta por acordo justo nas negociações com a Fenaban e, entre as questões nacionais, mobiliza-se por uma Reforma Política.
Redação - 28/8/2014
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Trabalhadores comemoram sua data em 28 de agosto. Décadas de mobilização viraram referência no país
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