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Juros bancários continuam nas alturas

Linha fina
Taxa para pessoas físicas subiu 43,2% ao ano em julho e 23,1% para empresas, apesar da interrupção na alta da Selic
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São Paulo – Os bancos continuam ganhando muito em cima dos clientes. Dados divulgados pelo Banco Central na terça-feira 26 mostram que os já altos juros cobrados tanto de pessoas físicas quanto jurídicas continuam aumentando.

Apesar da interrupção na alta da Selic, que se mantém em 11% desde abril deste ano, a média dos juros cobrada das famílias alcançou 43,2% em julho, depois da sétima alta mensal consecutiva. É o maior patamar desde março de 2011, quando o BC começou a divulgar esses dados. Já a média do que é cobrado das empresas subiu de 22,6% ao ano em junho para 23,1% ao ano em julho. O maior patamar desde março de 2014.

A taxa média geral de todas as operações com recursos livres (pessoas físicas e jurídicas) subiu de 32% ao ano em junho para 32,3% ao ano em julho, o maior nível desde fevereiro de 2012, quando estava em 32,5% ao ano.

Spread – Com a manutenção da Selic em 11%, os bancos já passaram a pagar menos pelos recursos captados no mercado financeiro: a taxa de captação dos bancos, que estava em 12,5% ao ano, recuou para 11,5% ao ano (patamar de julho), queda de um ponto percentual.

“Ou seja, eles passaram a pagar menos pelo dinheiro, mas isso não fez com que diminuíssem os juros que cobram ao emprestarem esse mesmo dinheiro. Dessa forma houve mais um aumento do já alto spread bancário no Brasil, que é justamente a diferença entre quanto o banco gasta para captar recursos e quanto cobram para emprestar esses recursos”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Em abril de 2013, antes do início do processo de alta dos juros básicos da economia, o spread bancário nas operações com pessoas físicas estava em 25,4 pontos percentuais. Em junho deste ano, já estava em 31,3 pontos percentuais, passando para 31,7 pontos percentuais em julho – o maior valor da série histórica do BC.


Redação, com informações do G1 – 26/8/2014
 

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