São Paulo – O presidente de Israel, Reuven Rivlin, conversou por telefone nesta segunda-feira 11 com a presidenta Dilma Rousseff e pediu desculpas pelas recentes declarações realizadas pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, que classificou o Brasil como um "anão diplomático."
A presidenta fez referência aos laços históricos que unem os dois países há várias décadas e repudiou o uso desproporcional da força em Gaza.
Rivilin esclareceu que as expressões usadas pelo funcionário não correspondem aos sentimentos da população do país em relação ao Brasil e afirmou que Israel está se "defendendo dos ataques com mísseis que vinha sofrendo."
Dilma enfatizou que o governo brasileiro condenara e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de civis, especialmente mulheres e crianças.
Além disso, a presidenta reiterou a posição histórica do Brasil em todos os foros internacionais de defesa da coexistência entre Israel e Palestina, como dois estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo, seguros.
Dilma manifestou a esperança de que a continuidade do cessar-fogo e as negociações atuais entre as partes possam contribuir para uma solução definitiva de paz na região. A presidenta ressaltou, ainda, que a crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos.
Rede Brasil Atual, com informações da Agência Efe - 13/8/2014
