São Paulo – Depois do Centro, Paulista e Osasco, foi a vez de os bancários da zona sul ficarem por dentro da Campanha 2015. Dirigentes sindicais passaram por agências do Largo do Socorro nesta segunda-feira 24 para deixar claro: Exploração não tem perdão! O mote da campanha este ano representa bancários, clientes, a sociedade inteira, já que explorar é o verbo mais conjugado pelos banqueiros no país.
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Os bancários ficaram por dentro das reivindicações e a população manifestou seu apoiou à luta da categoria, que este ano prioriza o emprego. “Ter mais funcionários no banco é bom pra gente também. Quando entro numa agência já me perguntam o valor da transação. Se o valor for baixo me mandam fazer a transação no caixa eletrônico. Não acho isso correto”, destacou Edson Pereira, empresário.
Apenas os três maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) viram seus lucros aumentar em 22,3% na comparação entre o primeiro semestre de 2014 e o primeiro semestre de 2015. Para a população, não existe contrapartida. “Os juros são um abuso. Qualquer coisa que você faz é preciso pagar: DOC, TED, não importa. E o cartão de crédito? Eles arrancam até sua alma. Irresponsabilidade social é o nome do que os bancos fazem com a gente", disse Maria José Ribeiro, assistente administrativa.
“Os juros são altíssimos e abusivos. Acho muito justo os bancários ressaltarem isso e estarem ao nosso lado. O cliente não está sozinho. E acho que isso pode mudar essa dura realidade”, opinou Norma Leite de Oliveira, doméstica.
Luta de 2015 – Entre as principais exigências da categoria na Campanha 2015 está a do reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real). A mobilização nacional conquista aumento real há 11 anos.
A primeira negociação, que debateu emprego, foi no dia 19 de agosto. Nesta segunda-feira a negociação é específica com representantes do Banco do Brasil e debate emprego, contratações e condições de trabalho.
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Gisele Coutinho – 24/8/2015
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Clientes e usuários de unidades no Largo do Socorro manifestaram apoio à luta por mais bancários e por menos abusos do setor financeiro
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