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Dirigentes do HSBC e Bradesco debatem emprego

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Representantes das duas comissões de organização dos funcionários discutiram os impactos da fusão
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São Paulo – Os representantes das comissões de organização dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco reuniram-se na quarta-feira 5, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização dos bancários a partir de agora.

A presidenta do Sindicato Juvandia Moreira, que é vice-presidenta da Contraf-CUT, enalteceu a participação de dirigentes sindicais de todo o país, que conhecem muito bem os dois bancos. "Tiramos um plano de luta para enfrentar essa conjuntura difícil nos próximos anos. Se o banco fica mais seis meses com o HSBC, nós temos de garantir que não faça demissões. Por isso, vamos acompanhar. Depois vamos acompanhar o Bradesco. É muito importante o movimento sindical se organizar, com campanhas e material conjuntos. E mapear o que tem de diferente nos dois bancos para reivindicar isonomia."

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, falou sobre a reunião com representantes dos dois bancos na terça-feira 4, na qual garantiram que não haverá demissões em massa. "O banco afirmou que o Bradesco, entre os que se apresentaram como interessados na compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos e mais oportunidades", disse o presidente da Contraf-CUT. "Isso ajuda a negociação pela manutenção dos empregos nos dois bancos". Os representantes do Bradesco disseram ainda que em todos os negócios deste tipo comandado pelo banco houve total transparência nos diálogos com o movimento sindical.

> HSBC e Bradesco afirmam: sem demissão em massa 

Roberto von der Osten avaliou o encontro entre os sindicalistas como positivo. "As duas comissões nunca tinham se encontrado, as pessoas não se conheciam. Então, foi uma reunião de acolhimento. As pessoas se trataram como companheiros, como gente que vai trabalhar no mesmo banco, futuramente, e, principalmente, que vai lutar junto. Vão lutar por emprego, vão lutar por direitos, por isonomia nos dois bancos. Por isso, essa primeira reunião foi fundamental. Foi de muita qualidade técnica. Mostrou que as duas comissões de empresa conhecem profundamente seus bancos, as suas contradições e dificuldades. Agora estarão juntas em direção à negociação, numa mesma pauta unificada, que privilegiará a questão do emprego e da isonomia."

Gheorge Vitti, coordenador da COE do Bradesco, concorda. "O sentimento é de unidade. A gente sabe que ainda tem um longo caminho a percorrer. E, somente juntos, vamos conseguir atravessar essa fase. O emprego é prioridade. A isonomia é outra bandeira importante e o nivelamento das discussões tem de ser por cima. Estou muito confiante que vamos fazer um grande trabalho, vamos conseguir unificar a luta. A partir de agora, a gente já começa a perceber que não são só os empregos do HSBC que estão em risco, é de todos", lembrou.

Para Cristiane Zacarias, coordenadora do COE HSBC, o momento é de muito diálogo. "Essa reunião em conjunto com o Bradesco é um momento para conversar, colocar todas as diferenças dos bancos sobre a mesa e entender o que faremos a partir de agora. Essa união é de muita valia, pois vai trazer tranquilidade para o bancário entender que o movimento sindical seguirá unido fazendo a luta pelo emprego", afirmou.


Contraf-CUT, com edição da Redação – 5/8/2015
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