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Mobilização cresce na Caixa Federal

Linha fina
Dia Nacional de Luta paralisa agências, departamentos e superintendências para denunciar ataques a direitos e defender caráter público da instituição
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São Paulo – Paralisações em seis agências, nos departamentos Cemco (centralizadora de cobrança) e Gicac (gerência da Caixa Cultural), nas superintendências Sé, Ipiranga e Penha, além de reuniões com empregados em diversas unidades. Assim foi o Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa, na quarta-feira 3, na cidade de São Paulo.

> Fotos: galeria do Dia Nacional de Luta 
> Vídeo: por direitos e Caixa 100% Pública

A manifestação foi convocada pela Comissão Executiva do Empregados (CEE) com o objetivo de chamar a atenção da população sobre  a precarização das condições de trabalho e os ataques do governo interino ao caráter público da instituição.

Uma das reivindicações feitas à direção do banco refere-se à contratação de mais empregados para as unidades. “Tenho um primo que passou no concurso da Caixa há uns dois anos e jamais foi chamado. Se não precisasse de gente para atender até entenderia, mas não tem. Basta ver a quantidade de pessoas que vêm aqui e o tempo enorme que esperam”, disse a balconista Rita Oliveira, que aguardava a abertura da agência Sé. “Os funcionários estão sendo muito corajosos em expor essa situação e cobrar que tenha mais gente para trabalhar nas agências.”

O dirigente sindical Danilo Perez considerou positiva a adesão dos bancários e a receptividade da população durante o Dia de Luta. “Estamos ampliando a mobilização em defesa da Caixa 100% pública e de nossos direitos. Nos protestos estamos deixando claro à população que o ataque aos empregados tem como objetivo enfraquecer a instituição. Quando não há bancários em número suficiente, o cliente também sofre. Se uma agência da Caixa é fechada, muitas vezes, a população de toda uma cidade é prejudicada.”

> Leia carta aberta distribuída para a população

Um empregado de uma das agências paralisadas considera que o governo interino quer “comer a Caixa pelas beiradas”. “Eles querem privatizar aos poucos, loterias, cartões e depois tudo. E se não reagirmos é isso que irá acontecer.”

As unidades paralisadas por mais de uma hora foram Sé, no Centro; Alto da Penha, na zona leste; Alto do Ipiranga, na zona sul; Vila Nova Cachoeirinha, Lauzane e Vila Espanhola na zona norte. Em todos os locais houve entrega de carta à população explicando os motivos do movimento.

Reivindicações – Os bancários querem contratação de mais empregados, manutenção do adicional de insalubridade e condições de trabalho que não apresentem risco aos avaliadores de penhor, além da manutenção da função de caixa e o fim da sobrecarga dos tesoureiros e técnicos bancários.

“Na campanha deste ano precisamos estar mais unidos do que nunca. Não só para termos direitos mantidos, mas também para assegurarmos avanços aos empregados e toda a categoria”, diz o diretor do Sindicato Francisco Pugliesi.

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Jair Rosa - 3/8/2016
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