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São Paulo – Quer índice de reajuste abaixo da inflação? Quer ficar sem o vale-cultura? Quer PLR desvalorizada? Se a resposta é não, vá para a assembleia de quinta 1º de setembro votar paralisação nacional a partir do dia 6.
Os bancos, que lucraram R$ 29,7 bilhões somente nos primeiros seis meses deste ano, encerraram as negociações da Campanha Nacional Unificada 2016 e a proposta global apresentada na quinta rodada, na terça-feira 30, não atende a praticamente nenhuma das reivindicações da categoria.
> Principais reivindicações dos bancários
> Agenda e resultados das negociações
O aumento salarial proposto, de 6,5%, representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). A Fenaban retoma, assim, política de reajuste rebaixado – que nos anos 1990 trouxe grandes perdas à categoria. O pagamento de uma parcela de R$ 3 mil de abono para os trabalhadores, sempre bom reforçar, não reflete em férias, 13º, FGTS, VA, VR, auxílios, previdência. As regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015. O vale-cultura será extinto a partir de dezembro. A proposta também não traz nada sobre proteção aos empregos, melhores condições de trabalho, mais saúde, segurança, fim da desigualdade entre homens e mulheres, vale-refeição durante a licença-maternidade (leia mais no quadro abaixo).
O único avanço refere-se à adoção da licença-paternidade de 20 dias a partir de janeiro de 2017.
“Os banqueiros apresentaram aos seus empregados uma proposta rebaixada, que não respeita as necessidades da categoria e nem garante sequer a reposição da inflação para os salários, PLR, vales”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrando que 25% das categorias tiveram reajuste acima da inflação de janeiro a maio deste ano. “Os bancários querem estar nessa estatística, já que trabalham para o setor mais lucrativo do país”, afirma a dirigente, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a federação dos bancos.
O setor que tanto ganha, somente nos sete primeiros meses do ano extinguiu 7.897 postos de trabalho bancário. “Seja pelas demissões promovidas pelos privados, ou nos planos de aposentadorias dos públicos, o fato é que faltam funcionários, o que prejudica o atendimento, causa sobrecarga de trabalho e adoecimento. Mas também para isso os bancos não trouxeram absolutamente nenhuma resposta”, diz Juvandia.
Assembleia dia 1º – O reajuste de 6,5% mais os R$ 3 mil de abono significa que, em 2017, a categoria já começaria as negociações perdendo mais de 30% do INPC da data base atual.
Diante desse quadro, o Comando Nacional dos Bancários indica aos trabalhadores de todo o Brasil a rejeição e greve a partir de 6 de setembro caso os bancos não apresentem uma nova proposta que atenda às reivindicações da categoria.
Em São Paulo, a assembleia para votar a paralisação nacional será no dia 1º, a partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Leva crachá do banco e documento com foto para o credenciamento.
“Todos os locais de trabalho devem estar representados. Tão logo votada a greve, organizaremos os trabalhadores para o movimento. Cada um deve fazer sua parte para que a pressão sobre os bancos garanta avanços. Só a luta te garante”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.
Os bancos, que lucraram R$ 29,7 bilhões somente nos primeiros seis meses deste ano, encerraram as negociações da Campanha Nacional Unificada 2016 e a proposta global apresentada na quinta rodada, na terça-feira 30, não atende a praticamente nenhuma das reivindicações da categoria.
> Principais reivindicações dos bancários
> Agenda e resultados das negociações
O aumento salarial proposto, de 6,5%, representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). A Fenaban retoma, assim, política de reajuste rebaixado – que nos anos 1990 trouxe grandes perdas à categoria. O pagamento de uma parcela de R$ 3 mil de abono para os trabalhadores, sempre bom reforçar, não reflete em férias, 13º, FGTS, VA, VR, auxílios, previdência. As regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015. O vale-cultura será extinto a partir de dezembro. A proposta também não traz nada sobre proteção aos empregos, melhores condições de trabalho, mais saúde, segurança, fim da desigualdade entre homens e mulheres, vale-refeição durante a licença-maternidade (leia mais no quadro abaixo).
O único avanço refere-se à adoção da licença-paternidade de 20 dias a partir de janeiro de 2017.
“Os banqueiros apresentaram aos seus empregados uma proposta rebaixada, que não respeita as necessidades da categoria e nem garante sequer a reposição da inflação para os salários, PLR, vales”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrando que 25% das categorias tiveram reajuste acima da inflação de janeiro a maio deste ano. “Os bancários querem estar nessa estatística, já que trabalham para o setor mais lucrativo do país”, afirma a dirigente, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a federação dos bancos.
O setor que tanto ganha, somente nos sete primeiros meses do ano extinguiu 7.897 postos de trabalho bancário. “Seja pelas demissões promovidas pelos privados, ou nos planos de aposentadorias dos públicos, o fato é que faltam funcionários, o que prejudica o atendimento, causa sobrecarga de trabalho e adoecimento. Mas também para isso os bancos não trouxeram absolutamente nenhuma resposta”, diz Juvandia.
Assembleia dia 1º – O reajuste de 6,5% mais os R$ 3 mil de abono significa que, em 2017, a categoria já começaria as negociações perdendo mais de 30% do INPC da data base atual.
Diante desse quadro, o Comando Nacional dos Bancários indica aos trabalhadores de todo o Brasil a rejeição e greve a partir de 6 de setembro caso os bancos não apresentem uma nova proposta que atenda às reivindicações da categoria.
Em São Paulo, a assembleia para votar a paralisação nacional será no dia 1º, a partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Leva crachá do banco e documento com foto para o credenciamento.
“Todos os locais de trabalho devem estar representados. Tão logo votada a greve, organizaremos os trabalhadores para o movimento. Cada um deve fazer sua parte para que a pressão sobre os bancos garanta avanços. Só a luta te garante”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.
Bancos dizem NÃO para os bancários!
Auxílio-creche/babá de R$ 880: NÃO! Os bancos querem reajustar somente em 6,5% o valor atual de R$ 337, que iria para R$ 359. O Comando reforçou que as creches públicas não dão conta e que as empresas, por lei, têm de disponilizar ou pagar creche para os filhos dos funcionários.
Vale-cultura: NÃO! Assim, mesmo que o governo federal renove a lei no fim do ano, o Comando teria de voltar a negociar com os bancos para que os bancários mantenham o vale de R$ 50 mensais.
Parcelamento de férias: NÃO! Querem condicionar o parcelamento do valor pago nas férias ao parcelamento dos 30 dias de férias. O Comando não aceita, já que muitos bancários denunciam que não conseguem mais tirar os 30 dias a que têm direito e essa situação só se agravaria.
Fim da desigualdade entre homens e mulheres: NÃO! A Fenaban remeteu novamente à mesa temática o debate de igualdade salarial e de ascensão profissional entre homens e mulheres.
Vale-refeição na licença-maternidade: NÃO! Mesmo que signifique muito pouco para os bancos (que têm subsídio de 40% do valor) e muito para as mães bancárias.
Empregos e Agência digital: NÃO! A Fenaban afirma que o debate sobre respeito aos empregos e direitos, como jornada e condições de trabalho nessas unidades, deve ser feito banco a banco.
Auxílio-educação em todos os bancos: NÃO! O que mantém o Bradesco como o único dos grandes que não pagam bolsa de estudo aos seus empregados.
Vale-cultura: NÃO! Assim, mesmo que o governo federal renove a lei no fim do ano, o Comando teria de voltar a negociar com os bancos para que os bancários mantenham o vale de R$ 50 mensais.
Parcelamento de férias: NÃO! Querem condicionar o parcelamento do valor pago nas férias ao parcelamento dos 30 dias de férias. O Comando não aceita, já que muitos bancários denunciam que não conseguem mais tirar os 30 dias a que têm direito e essa situação só se agravaria.
Fim da desigualdade entre homens e mulheres: NÃO! A Fenaban remeteu novamente à mesa temática o debate de igualdade salarial e de ascensão profissional entre homens e mulheres.
Vale-refeição na licença-maternidade: NÃO! Mesmo que signifique muito pouco para os bancos (que têm subsídio de 40% do valor) e muito para as mães bancárias.
Empregos e Agência digital: NÃO! A Fenaban afirma que o debate sobre respeito aos empregos e direitos, como jornada e condições de trabalho nessas unidades, deve ser feito banco a banco.
Auxílio-educação em todos os bancos: NÃO! O que mantém o Bradesco como o único dos grandes que não pagam bolsa de estudo aos seus empregados.