Brian Jones, de 77 anos, atirou e matou a esposa, Patricia Jones, de 76 anos, em seguida avisou a polícia e se matou. A tragédia ocorreu no dia 7 de agosto, no estado de Washington (EUA). Segundo o jornal The Washington Post, no imóvel havia anotações sobre a dificuldade do casal em arcar com o tratamento médico de Patricia Jones no país em que não há saúde pública universal. A mulher passava por problemas de saúde. A reportagem é do Reconta aí.
Segundo o Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA, o gasto médio de uma pessoa com mais de 65 anos nos EUA é de US $ 18.424. Esse valor dobra quando se trata de pessoas entre 70 e 90 anos de idade.
A publicação afirma que 65% das despesas médicas dos idosos são pagas por meio de serviços governamentais, como o Medicare, que cobre quase todos os custos com pessoas idosas. Porém, a não universalização do serviço pode ter provocado a tragédia verificada no estado de Washington.
Cuidados médicos gratuitos. No SUS, isso existe
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderia ter evitado essa tragédia. Apesar de seus limites amplamente divulgados, o SUS garante cuidados médicos a toda a população.
Diminuição das aposentadorias e aumento das tragédias
Além disso, o Sistema é referência em problemas médicos complexos como prevenção e tratamento de HIV/AIDS, transplantes de órgãos, tratamentos de câncer entre outros. O SUS também é responsável pela vacinação gratuita de toda a população e por tarefas invisíveis, como a de vigilância sanitária.
Chile, Japão e outras nações estão neste momento revendo suas políticas previdenciárias. O motivo é a pouca cobertura que os idosos desses países têm no momento em que mais precisam.
Já o Brasil está na contramão do mundo adotando políticas de austeridade e promovendo uma Reforma da Previdência que pode tirar ainda mais direitos dos mais velhos, sobretudo dos mais pobres.
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