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Chapéu
Resistência

Funcionários reagem ao PAQ do BB

Linha fina
Bancários vestiram preto neste Dia Nacional de Luta, exigindo respeito e transparência
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Foto: Seeb-SP

Bancários do Banco do Brasil realizaram manifestações em unidades e agências nesta sexta-feira 9 devido ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ) anunciado pela direção do banco no dia 29 de julho. Em resposta, os funcionários vestiram preto e cobraram transparência e respeito aos trabalhadores.

"Estamos discutindo com o banco a readequação que ele vem propondo e também protestando por mais clareza no programa. No caso da Gepes, vão ser criadas duas novas Gepes aqui em São Paulo, sendo que os colegas que estão na antiga terão que passar por um processo seletivo, inclusive perdendo vagas. É uma tremenda falta de respeito! Sem contar que alguns analistas e gerentes de área terão que concorrer para fora de São Paulo, porque não existirão mais estes cargos", criticou o coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, João Fukunaga.

O dirigente sindical Getúlio Maciel lembra que a reestruturação é uma preparação para a privatização do banco público.

“Esse PAQ é terrivelmente nefasto, porque com esses trabalhadores o banco conseguiu, só nesse primeiro semestre, um lucro de R$ 8.67 bilhões. Com um lucro desses, é  vergonhoso esse tipo de reestruturação que eles estão fazendo. Isso dialoga muito com essa privatização que o presidente do banco, Rubem Novaes, vem divulgando. É bom lembrar que este governo e o Novaes são desfavoráveis para os trabalhadores do Banco do Brasil; que, se eles pudessem, teriam esse serviço de qualidade com menos custo, menores salário e piores condições de trabalho”, criticou.

A dirigente sindical Fernanda Lopes, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), criticou a falta de diálogo ao tentar implementar essas mudanças.

“Do dia para a noite os colegas ficam sem saber o que fazer, se vão conseguir se recolocar nos mesmos cargos ou se vão perdê-los, se vão inclusive continuar em suas cidades de origem ou vão ter que mudar toda sua vida em decorrência de um plano criado pelo banco e sem nenhuma conversa com os trabalhadores e seus representantes”, comentou.

A Contraf-CUT também disponibilizou em uma edição especial do boletim O Espelho, material específico voltado aos funcionários do Banco do Brasil com dados sobre a reestruturação. Leia aqui.

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