PhD pelo Massachusetts Institute of Technology, MIT, e professor nas mais renomadas universidades dos Estados Unidos, Stiglitz questionou a teoria neoclássica liberal da economia com seus estudos que apontam para o fator benéfico da intervenção governamental nas questões econômicas.
A reportagem é do Reconta Aí.
Segundo Joseph Stiglitz, os bancos de desenvolvimento foram os grandes responsáveis na promoção do crescimento de economias em nível mundial. Além disso, foram responsávei também pelo investimento, sobretudo no âmbito da diminuição das desigualdades e na preservação ambiental, e na estabilização da economia.
Para Stiglitz, o Brasil apresenta um cenário econômico instável. Para tanto, utiliza como exemplo o próprio país, cuja expansão da década de 2000 até 2013 contrasta profundamente com o período recessivo que se seguiu com a crise do preço das commodities, que representam grande parte das exportações.
O BNDES durante esse período foi o grande fomentador do desenvolvimento de alternativas à exportação de recursos naturais e produtos in natura da agropecuária. Ele atuou no desenvolvimento de indústrias e serviços cujo foco são produtos com maior valor agregado, que geram empregos melhor remunerados e mais valor nas exportações.
Em um momento em que o atual presidente da instituição, Gustavo Montezano, diz que o BNDES deve ser “menos banco e mais desenvolvimento”, é preciso se perguntar como desenvolver um estado sem o dinheiro do investimento público.
Ao que parece o mundo solucionou essa questão, e pelo jeito, de uma forma bastante diferente do que o governo atual busca fazer. O crescimento sustentável de longo prazo precisa de Bancos Públicos, segundo Stiglitz, que fomentem o crescimento por meio do seu papel principal: o incentivo do desenvolvimento.
Artigo completo na Folha de São Paulo.