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Chapéu
1º semestre

BB: lucro de R$ 14,42 bi prova que banco pode atender reivindicações

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Imagem de um gráfico ascendente, com moedas e notas ao redor

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 14,42 bilhões no 1º semestre de 2022, crescimento de 44,9% em relação a junho de 2021. Somente no 2º trimestre, o resultado ajustado foi de R$ 7,80 bilhões, uma alta de 18% na comparação com o trimestre anterior e de 54,8% em relação ao 2º trimestre do ano passado. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio ajustado (RSPL) foi de 19,6% no semestre, crescimento de 5,1 pontos percentuais em comparação a junho de 2021.

O resultado recorde comprova que o BB, assim como os demais bancos, tem todas as condições de atender as reivindicações dos bancários na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2022 (campanha salarial), tanto na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria quanto nos acordos específicos por banco, assim como na justa valorização do trabalhador bancário. 

“Este lucro recorde registrado pelo Banco do Brasil é fruto do trabalho árduo dos seus funcionários, que construíram este resultado dia após dia, mesmo submetidos a condições de trabalho muitas vezes inadequadas, pressão abusiva por metas e uma sobrecarga absurda de trabalho, o que leva ao adoecimento. Portanto, nada mais justo que valorizar esses trabalhadores com 5% de aumento real; aumento real na PLR; reajuste maior no VA e VR, entre outras reivindicações da nossa Campanha Nacional”

Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil). 

Emprego

No 1º semestre de 2022, o Banco do Brasil iniciou a convocação dos aprovados na Seleção Externa 2021/001, tanto para a rede de atendimento quanto para as áreas de tecnologia, dando posse a cerca de 3 mil novos funcionários. Em contrapartida, houve 1.300 desligamentos via Programa de Adequação de Quadros (PAQ). Somadas as admissões e os desligamentos no período, o quadro do banco apresentou acréscimo de 795 funcionários em 12 meses, totalizando 86.313 empregados. 

Por outro lado, o total de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) cresceu 4,9 milhões em 12 meses, superando os 80,2 milhões em junho de 2022.

“O balanço do Banco do Brasil também comprova a necessidade de mais contratações, assim como o fim da terceirização. Cobramos do banco, no contexto da Campanha Nacional, a contratação de mais 10 mil novos funcionários, advindos de concursos anteriores e de um necessário e urgente novo concurso. Somente desta forma será possível reduzir a sobrecarga de trabalho e consequentemente o adoecimento dos trabalhadores, bem como oferecer um melhor atendimento para a população”, avalia Getúlio. 

Somente com o que arrecada com prestação de serviços e tarifas bancárias - receita secundária que cresceu 9,1% em doze meses, alcançando R$ 15,37 bilhões - o Banco do Brasil cobre todas as suas despesas com pessoal, incluindo a PLR, em 124,4%. 

Outros números

A carteira de crédito ampliada, que considera carteira classificada, TVM privados e garantias, encerrou o semestre em R$ 919,51 bilhões, crescimento de 19,9% em relação ao 1º semestre do ano passado e de 4,1% no trimestre. 

A carteira Pessoa Física cresceu 14,1% em doze meses, somando R$ 274,5 bilhões. Destaque para o crescimento de 10,5% no crédito consignado e de 51,7% no cartão de crédito. O crédito para Pessoa Jurídica aumentou 19,1%, totalizando R$ 336,8 bilhões. Destaque para a carteira de Micro Pequenas e Médias Empresas (MPME) que alcançou R$ 95,6 bilhões (+17,2% em 12 meses). A carteira Agro segue registrando forte crescimento, tendo variado 27,3% em relação a junho de 2021 e somado R$ 262 bilhões em junho de 2022. 

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) cresceram 22,2%, totalizando R$ 9,127 bilhões em junho de 2022. A inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,0%, abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional (2,7%). O índice de Basileia foi de 17,54% no 1º semestre, 2,11 p.p. abaixo do verificado no 1º semestre de 2021.

O Banco do Brasil reduziu o número de agências tradicionais em 7 unidades, totalizando 3.173, e abriu 16 agências digitais e especializadas, totalizando 813 ao final do semestre. 

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