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Chapéu
Metas ou população?

O que é mais importante? Atendimento social ou Caixa Seguradora?

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Imagem mostra o Edifício Sede da Caixa Econômica Federal

Principalmente depois da privatização da Caixa Seguradora, cada vez mais ganha espaço na Caixa Econômica Federal um sistema de atendimento focado no cumprimento de metas.

Em face deste objetivo, o atendimento social é cada vez mais preterido e escanteado para os canais alternativos. Além desta situação, o que tem sido observado nas agências são poucos empregados no atendimento social (muitas vezes um só), enquanto a maioria fica responsável por cumprir as metas cada vez maiores.

Luiza Hansen, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo ressalta que a Caixa Econômica Federal é fundamental para a reconstrução do país e, para isso, o atendimento social é imprescindível.

“Mas, infelizmente, em muitas agências o que encontramos são um ou dois empregados atendendo o social, enquanto a maior parte fica focada apenas em atingir as metas absurdas de seguridade, cujo retorno para a Caixa é pequeno. O que diferencia a CEF dos outros bancos e faz com que ela seja tão imprescindível é sua missão social!”, afirma a dirigente.

“É preciso termos em mente que o atendimento social é uma missão da Caixa enquanto agente de políticas públicas para a população, além da responsabilidade da Caixa no fomento da economia por meio de crédito. Foi esse atendimento também que ajudou a segurar a Caixa pública nos períodos privatistas junto com a defesa pelos trabalhadores organizados. Precisamos defender esse modelo”, reforça André Sardão, diretor executivo da Fetec-CUT/SP.

Para Tamara Siqueira, diretora de bancos públicos da Fetec-CUT/SP, é preciso haver um redimensionamento das metas.

“A CEE Caixa cobrou da Caixa uma mudança na forma como são estabelecidas as metas. Da forma como está, o dia a dia do bancário não dialoga com a missão do banco. Os empregados são reconhecidos apenas pela vendas de produtos de seguradora, enquanto o que se apresenta em coletivas de imprensa é credito, infraestrutura, benefícios sociais… sem o reconhecimento por esse trabalho.”

“Queremos uma caixa pública que atenda única e exclusivamente aos interesses do país e da população. Não dá para desperdiçar tanto tempo com produtos que representam apenas 5% do Balanço da Caixa”, conclui Tamara.

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