Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Caixa

Saúde Caixa: discussão precisa ir para além do custeio

Imagem Destaque
Print de tela de computador que mostra diversas pessoas em reunião virtual

Na reunião do Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, na segunda-feira (31), representantes das entidades sindicais e associativas dos trabalhadores ressaltaram que as discussões sobre o plano de saúde das empregadas e empregados do banco precisa ir para além do custeio.

“A reunião nos trouxe números que antes não estavam tão claros para nós. Mas temos problemas gritantes no atendimento e no contato com os usuários e credenciados. Ou seja, nosso debate não pode se limitar ao custeio”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e da representação dos trabalhadores no GT do Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Para Fabiana, não basta a Caixa apresentar os custos do plano e dizer que é preciso aumentar as mensalidades para poder cobri-los. “Queremos discutir a qualidade do atendimento e demais desdobramentos que levam ao custo.” Ela reconheceu que melhorou a qualidade das informações passadas pela Caixa na apresentação dos números do plano, mas frisou que ainda é necessário mais informações. “Precisamos de mais informações e mais detalhes, como, por exemplo, o que compõe os custos de administração do Saúde Caixa”, completou.

O representante da Federação dos Bancários CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Leonardo Quadros, reforçou a posição da coordenadora da CEE ao destacar a importância do debate sobre a descentralização. “Precisamos discutir a estrutura do plano, com enfoque na melhoria da qualidade do atendimento”, disse.

“Precisamos debater a recriação dos comitês de credenciamento e as estruturas regionais de atendimento, que permitam observar as realidades de cada localidade e a ampliação da rede onde haja necessidade. Isso ajudaria a melhorar o atendimento dos usuários e dos credenciados. Seria muito melhor do que a estrutura centralizada”, lembrou.

Para Fabiana, melhorar o atendimento é essencial para que o usuário consiga perceber a qualidade do plano. “Se quem precisa do plano não consegue ver a qualidade, não teremos chance de debater uma possível necessidade de reajuste das mensalidades”, observou.

A representação dos trabalhadores também cobrou informações sobre a distribuição dos usuários de forma segmentada, por idade e faixa de renda.

Pesquisa

A representação dos empregados perguntou sobre a pesquisa anual de qualidade no atendimento. A Caixa respondeu que a apresentação dos resultados está prevista para a segunda quinzena de agosto.

Cobrança dos atrasados

Outro questionamento feito pela representação dos trabalhadores foi com relação ao pedido de suspensão das cobranças retroativas que a Caixa está realizando nas contas dos empregados, referentes às coparticipações de consultas e exames de 2018 a 2022 que, por erro de sistema da Caixa, não tinham sido cobradas. O banco ficou de verificar e dar a resposta para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Uso do PCMSO

Os trabalhadores também cobraram informações sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e seu uso pelos empregados que estão em licença para acidente de trabalho. E destacaram que têm informações de que muita gente afastada por acidente de trabalho utiliza o plano e acaba pagando os 30% da coparticipação, sem necessidade, porque essa despesa deveria vir do PCMSO. Além disso, acaba gerando mais custos para o plano.

“A CEF deveria ser responsável pelo custeio de 100% dos tratamentos relativos a acidentes de trabalho” reforça Chico Pugliesi, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. “Precisamos saber quantas são essas pessoas, e se estão utilizando o PCMSO nesses casos. Isso aliviaria os gastos do plano de saúde”, completa.

Próxima reunião

A próxima reunião está agendada para o dia 15 de agosto.

seja socio