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Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

Sindicato debate temas relacionados à saúde e condições de trabalho em negociação com o Santander

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Imagem mostra representantes da COE Santander e do banco reunidos à mesa que debateu saúde e condições de trabalho

Saúde e condições de trabalho foram os temas debatidos na terceira reunião de negociação entre a o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a direção do Santander, no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2024. O processo visa a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do banco espanhol. A reunião foi realizada na manhã desta sexta-feira 2, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

A primeira reivindicação apresentada foi a manutenção da assistência médica aos aposentados, com mais de cinco anos de contrato com o banco, nas mesmas condições da ativa.

“Só as tarifas pagas pelos clientes pagam duas vezes a folha salarial dos funcionários do banco. Não é possível que só os acionistas sejam beneficiados. Os trabalhadores se esforçaram muito pelo crescimento da empresa e na hora que mais precisam são abandonados”, reforçou a secretária de Relações Internacionais e representante da Contraf-CUT nas negociações com o Santander, Rita Berlofa.

O plano de saúde dos funcionários da ativa também foi abordado. Os representantes dos trabalhadores reivindicam um plano de saúde de qualidade e com ampla rede de atendimento credenciada aos seus empregados, sem qualquer distinção em relação a cargos ou funções, com ampla cobertura médica e hospitalar. Foram citados alguns problemas enfrentados atualmente em alguns estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

“Quando nós reivindicamos o plano de saúde de qualidade é para todos os trabalhadores do Brasil. Outra questão importante é a falta de reembolso para a grande maioria dos funcionários. Queremos equidade de condições e de tratamento”, apontou Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, que representa o Sindicato dos Bancários de São Paulo nas negociações.

A assistência aos portadores de doenças crônicas, degenerativas, Aids, para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes foi outra reivindicação apresentada.

“Nós reivindicamos a não cobrança da coparticipação para este grupo. Bem como o limite de 10% dos salários na cobrança para todos os trabalhadores e transparência das informações do contrato”, explicou Wanessa.

A suspensão de metas após o retorno de licença saúde por um período de 60 dias, sem que haja prejuízo financeiro também foi debatida.

“O sistema bancário é o setor que mais adoece os trabalhadores mentalmente. Por isso, é óbvio que um trabalhador que teve um afastamento de origem psicossocial não pode passar pelo mesmo cenário ao retornar, com a mesma carga de pressão, com as mesmas metas que o adoeceram”, destacou a coordenadora da COE.

A COE Santander reivindica também melhores condições de trabalho e o fornecimento de aparelhos de telefones aos empregados que estão em teletrabalho e trabalho externo, essenciais à execução de suas atividades.

O banco Santander se comprometeu a trazer uma resposta das cláusulas sociais na próxima reunião, agendada para 9 de agosto. Foi marcada ainda outra reunião, para discutir as cláusulas financeiras, no dia 16 de agosto.

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