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Terceira rodada de negociação sem resultados

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A reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a comissão de negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) realizada na tarde desta quarta (14) terminou sem qualquer avanço. Os representantes dos banqueiros demonstraram total descaso com as reivindicações dos trabalhadores. “Eles chegaram ao cúmulo de dizer que as respostas eram as mesmas do ano passado, recusando-se até a ouvir as nossas argumentações”, conta o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, que participa do Comando Nacional. “Essa postura dos banqueiros está tirando dos trabalhadores qualquer outra possibilidade que não seja a greve”, avalia.

Até a próxima rodada de negociação ficou indefinida. O Comando Nacional dos Bancários quis definir uma data, mas a Fenaban informou que só confirmará o calendário da nova reunião nos próximos dias.

Na rodada de hoje os bancários apresentaram suas fundamentações para questões como isenção de tarifas para bancários, garantia de emprego, convenção 158 da OIT (que proíbe dispensas imotivadas), terceirização e outras cláusulas sociais e sindicais. Para a maioria, os representantes dos banqueiros disseram não. “A Fenaban colocou-se como incapaz, sem mandato para decidir a maioria dos itens, o que está inviabilizando a mesa de negociação”, destaca o presidente do Sindicato. Ele informa que os bancários de todo Brasil devem intensificar sua mobilização para preparar uma greve nos próximos dias. “Essa é a única maneira de sensibilizar os banqueiros: arranhar a falsa imagem de responsáveis que tentam construir às custas de caras campanhas de publicidade”, completa Marcolino.

Reivindicações – A minuta de reivindicações entregue aos banqueiros em 11 de agosto contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho.

No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
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