São Paulo - A proposta dos bancos não mudou. Os 6% de reajuste apresentado pela Fenaban para salários e demais verbas, como piso, tíquetes e auxílios foi prontamente rejeitado pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação e rechaçado por trabalhadores de todo Brasil em assembleias de rua em 3 de setembro, dia de luta.
Apesar desse claro recado, na última rodada de negociação, realizada na terça 4, a Fenaban não trouxe nova proposta, emperrando as negociações e forçando os trabalhadores a parar para lutar por seus direitos.
A assembleia que vota a greve está marcada para quarta-feira 12, a partir das 19h, na Quadra do Sindicato (Rua Tabatinguera, 192, Sé). O Sindicato está respeitando todos os procedimentos da lei, para que não haja risco de a paralisação, que deve ter início no dia 18, ser considerada abusiva.
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“A indignação dos bancários é grande”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Temos ouvido isso por todas as agências e nos departamentos em que passamos, e o Boca no Trombone, no nosso site, registra todos os dias centenas de mensagens que apontam a insatisfação com a proposta dos bancos. É inaceitável mesmo que o setor mais lucrativo da economia brasileira queira economizar com os ganhos dos seus funcionários. A greve é o recurso que resta ao trabalhador, quando o empregador, que tem o poder econômico, não quer negociar seriamente. É o que está acontecendo e os bancários vão parar”, ressalta a dirigente.
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E diante do anúncio oficial do índice de inflação para o período de 31 de agosto de 2011 a 1º de setembro de 2012, data base dos bancários, o aumento real embutido nos 6% proposto pelos bancos ficou ainda menor. A projeção da inflação que era de 5,3% subiu para 5,39% fazendo com que o aumento real de 0,7% seja, de fato, 0,58%.
A forte alta nos preços de alimentos foi a principal razão para a elevação do índice. “Já havíamos registrado à Fenaban que comer fora e fazer compras no supermercado está cada vez mais caro. Daí a importância da nossa reivindicação de vales refeição e alimentação maiores, com direito a 13ª cesta-alimentação e refeição também”, destaca Juvandia.
Cláudia Motta - 6/9/2012