São Paulo – Em plenárias realizadas na sede e em todas as seis regionais do Sindicato, na quarta-feira 5, os bancários discutiram questões pertinentes à campanha nacional da categoria. Rechaçar a proposta da federação dos bancos (Fenaban) foi consenso em todos os debates. Os trabalhadores criticaram fortemente o fato de que o setor mais lucrativo e rentável da economia brasileira tenha oferecido 0,7% de aumento real, principalmente quando empresas de setores menos lucrativos pagaram reajustes de, em média, 2,23% acima da inflação, no primeiro semestre.
> Bancos podem oferecer reajuste maior
Os trabalhadores também demonstraram preocupação com a possível diminuição dos valores pagos como PLR, já que com o aumento do provisionamento para devedores duvidosos os bancos esconderam parte de seus lucros e, nas rodadas de negociação, rejeitaram propostas de mudanças nas regras de cálculo apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários.
Outros pontos que mereceram destaque nas reuniões foram a cobrança de metas abusivas, o assédio moral e o adoecimento da categoria, questões intimamente relacionadas. Os bancários reforçaram que o combate ao assédio moral e às metas abusivas impostas aos trabalhadores devem ser pontos cruciais da campanha. E lembraram que essa prática, já estabelecida institucionalmente nos bancos, leva a categoria a apresentar doenças como estresse, depressão e LER a níveis epidêmicos.
As plenárias também aprovaram o calendário de mobilização do comando: a realização de assembleia no dia 12 para votar indicativo de greve por tempo indeterminado para o dia 18.
Andréa Ponte Souza - 6/9/2012
