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Banco do Brasil apresenta proposta global

Linha fina
Após mobilização, instituição avança na proposta específica e Comando Nacional orienta aprovação em assembleia, nesta quarta-feira, às 19h, na Quadra
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São Paulo - Depois de um intenso e longo debate que durou toda a madrugada desta quarta-feira 26, o Comando Nacional dos Bancários, com assessoria da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, conseguiu arrancar novos avanços nas propostas de reivindicações específicas. A orientação é para que a nova proposta seja aprovada em assembleia, nesta quarta-feira 26, a partir das 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192). Leve crachá do banco e documento com foto para o credenciamento.

“Conseguimos alcançar avanços nas mesas específicas e gerais, reflexo da mobilização da categoria em cada banco. É importante que nas próximas campanhas continuemos mobilizados. A unidade dos bancários é o que fará com que sejam garantidas novas conquistas nos acordos e aditivos”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, ao ressaltar a importância da presença de todos nas assembleias.

Além do índice de 7,5% apresentado pela Fenaban, que garante 2% de aumento real para os salários, e do VR e VA, com aumento de 8,5% (2,95% de aumento real), os funcionários vão ter um novo plano de cargos de seis horas e comissões de conciliação voluntária para discutir indenização para quem mudar.

Outra importante conquista foi a adesão à cláusula de combate ao assédio moral da Convenção Coletiva assinada com a Fenaban. Até então, só o BB não tinha assinado o acordo. A medida possibilita ao Sindicato denunciar e acompanhar diretamente os casos de assédio, através do canal de denúncia, o que o Comitê de Ética não garantia. Desde que entrou em vigor, na Campanha Nacional de 2010, cerca de 740 denúncias chegaram ao Sindicato. “Quando recebemos e comprovamos a denúncia, o banco tem até 60 dias para solucionar o problema”, explica Juvandia.

Dentre outros avanços na proposta, ficou acordado que todos os funcionários do nível A1 serão promovidos para A2 após três meses e não mais dois anos como antes, o que garantirá mais 3% nos salários.

CABB – A proposta inclui ainda avanços em questões importantes para atendentes da CABB, como a unificação dos atendentes A e B, que terão salário de R$ 2.554 e não estarão mais sujeitos à trava de dois anos, medida necessária para um ambiente onde a lógica do trabalho favorece o assédio moral.

PCR – Os caixas do PSO também foram incluídos no PCR, o que garantirá pontuação para aquisição das letras M de mérito, que agregam valor ao salário base. Os caixas executivos passam a ser pontuados no plano de carreira e remuneração por mérito, adquirindo 0,5 ponto por dia de exercício na função, retroativo a 2006.

PLR – A PLR foi negociada mantendo a regra anterior sem vínculo do módulo bônus ao novo Sinergia, que individualiza metas. Será usada a mesma referência no resultado coletivo (ATB).

Jornada de seis horas será implantada - Depois de intensa cobrança na mesa de negociação e a forte greve da categoria, uma das principais reivindicações do funcionalismo será atendida pela direção do Banco do Brasil: a instalação de novo plano de comissões com jornada de seis horas até janeiro de 2013. O banco também propõe a implantação de Comissão de Conciliação Prévia para a discussão da 7ª e 8ª horas assim que implantado o plano. Clique aqui e leia todos os avanços.

 “A luta e a mobilização arrancou avanços. O banco afirmou que não negociaria na campanha a jornada de seis horas e pretendia retirar direitos, como a conquista de 2010, que exige três avaliações negativas consecutivas para descomissionamento. A mobilização fez a empresa recuar e apresentar propostas específicas. Agora é a vez dos trabalhadores comparecerem à assembleia, avaliarem a proposta e tomarem a decisão”, afirma o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi.

 

Redação - 26/9/2012

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