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Bancos já armam esquemas de greve

Linha fina
Apesar de dizer que queriam resolver na mesa de negociação, banqueiros preparavam contingenciamento
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São Paulo – Os banqueiros diziam ter interesse em resolver a Campanha Nacional da mesa de negociações, mas, a realidade não ratifica o discurso. Além de não apresentar proposta que valorize os trabalhadores, já se preparavam para a greve antes mesmo de encerradas as negociações.

Denúncias enviadas ao Sindicato informam sobre providências para contingenciamento com o objetivo de atrapalhar a mobilização dos trabalhadores. Um dando conta de que se o CAT (Centro Administrativo Tatuapé) fechar, os funcionários têm de ir para o CAU (Centro Administrativo Unibanco), ambas concentrações do Itaú. Outra, sem mencionar o banco, relata orientações dos gestores para que os bancários não parem e se apresentem no local de trabalho como "terceiros", para furar uma possível greve. Uma terceira mensagem avisa: "contingência EBI - horário 04:30h e 22:00h de amanhã 05/09. Também na Rua Fábia, 87, terá contingência a partir das 09:00h"

“Em vez de investir na valorização dos funcionários, os bancos gastam milhões com esses contingenciamentos. Não negociam com seriedade e por isso vão alugando prédios para montar contingência e helicópteros para forçar os bancários a entrar nos locais de trabalho”, lembra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, citando situações em que os bancos já foram flagrados em anos anteriores. “Se os bancos não atender às reivindicações dos seus funcionários, a greve é um direito que tem de ser respeitado.”

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Sem avanço – Na mesa de negociações, os bancos também não demonstraram postura de quem quer resolver a Campanha no debate. Já foram oito negociações e até agora só foi apresentado índice de reajuste de 6% (aumento real de 0,7%).

Em outros pontos, como saúde, chegaram a classificar como “desafiadoras” as metas abusivas que colocam a categoria entre as que mais adoecem no país, e dizer que o bancário não está preocupado com emprego, apesar da eliminação de postos de trabalho no setor.

De avanços, por hora, a manutenção dos salários de bancários afastados que aguardam perícia médica e o projeto piloto sobre segurança.

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Redação – 4/9/2012
(Atualizado às 12h39 de 5/9)

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