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Concentrações dos maiores bancos fechadas

Linha fina
Na sexta-feira, quarto dia da greve, bancários fecharam alguns dos principais centros administrativos para forçar instituições financeiras a voltar a negociar e apresentar proposta decente
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São Paulo – O tempo mudou, mas a disposição dos bancários, não. Mesmo com garoa e frio, logo nas primeiras horas da manhã os trabalhadores se mobilizavam em centenas de agências e nas portas das principais concentrações dos maiores bancos do país.

“Foi um recado dos trabalhadores”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Queremos respeito às nossas reivindicações. O setor mais lucrativo da economia brasileira pode atendê-las. Se os bancos acham que vão vencer os bancários pelo cansaço, a sexta-feira foi uma mostra do como estão enganados”, ressalta a dirigente, lembrando a paralisação de complexos como o CAT e o ITM, além da contingência da Rua Fabia, do Itaú, o Telebanco Santa Cecília do Bradesco, o Casa 2 do Santander, o Telebanco do HSBC, além de prédios administrativos do BB e da Caixa.

Com tanta gente na luta, a paralisação cresceu. Em São Paulo, Osasco e região já são 35.770 mil bancários em greve, fechando 711 unidades, das quais 32 concentrações de bancos públicos e privados. No Brasil, o movimento paralisou 9.092 locais de trabalho na sexta-feira 21.

Concentrações - Em prédio usado apenas para contingenciamento na Rua Fábia, bancários sofrem com falta de água, luz e segurança, além de correrem o risco de ficarem sem autorização para sair para comer. Sem contar a pressão sistemática que sofrem para evitar locais paralisados, sendo deslocados de lá para cá pela cidade sem ao menos terem o traslado pago. O CAT e o ITM, também do Itaú, foram outros que pararam.

> Itaú na Rua Fábia está sujo, sem água e inseguro
> Bancários expressam indignação no CAT do Itaú
> Bancários cruzam os braços no ITM do Itaú

No Casa 2, zona sul de São Paulo, a paralisação abrangeu 1,8 mil trabalhadores. Já no centro, a mobilização evolveu bancários dos telebancos do Bradesco e HSBC.

> Vídeo: matéria especial sobre o Casa 2
> Greve para telebancos do Bradesco e do HSBC

Além dos centros administrativos, a paralisação prosseguiu nas diversas regiões da capital e de Osasco. Na zona norte, o movimento tem a adesão de bancários de Vila Nova Cachoeirinha, Vila Maria, bairros do Limão e Jaçanã. Na zona sul, a paralisação ocorreu nos corredores da Capela do Socorro, Cidade Dutra e avenidas Sabará e João Dias. Na leste, bairros da Mooca, Penha, corredor da Celso Garcia e Via Anchieta. Na oeste, eixos da Rebouças. Gabriel Monteiro e Teodoro Sampaio. O corredor da Avenida Paulista também teve unidades paralisadas pelos trabalhadores. Na região central seguiram fechadas agências dos centros velho e novo. Em Osasco, o movimento foi forte no centro e de bancários de Carapicuiba e Barueri.

Comando – Durante toda a tarde da sexta-feira o Comando Nacional dos Bancários esteve reunido em São Paulo, fazendo avaliação sobre a greve e as estratégias para os próximos dias. “Comunicamos à federação dos bancos sobre essa reunião, caso quisesse marcar rodada de negociação para apresentar uma proposta decente aos trabalhadores. No entanto, não tivemos qualquer retorno. Se eles apostam no conflito, vamos continuar mostrando toda a força dos bancários. A greve continua em todo o país até que os bancos paguem aumento real para os salários, PLR, piso e vales maiores. Também insistimos na contratação de mais bancários para melhorar as condições de trabalho”, avisa a presidenta do Sindicato (foto ao lado).

Calendário – Nesta sexta-feira 21, quarto dia de greve, os bancários se reúnem em plenárias nas regionais do Sindicato, partir das 17h. Nova assembleia está marcada para segunda-feira 24, às 16h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Para o credenciamento é necessário crachá do banco e documento com foto.


Redação - 21/9/2012
(Atualizado às 19h40)

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