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Itaú é uma das melhores empresas para trabalhar?

Linha fina
Pontos avaliados como positivos pelo guia Você S/A como plano de saúde e PLR são alvos de muita reclamação por parte dos funcionários
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São Paulo – Representantes dos trabalhadores se mostraram muito desconfiados com a divulgação do guia da revista Você S/A que elegeu o Itaú como uma das melhores empresas para se trabalhar. Isso porque critérios avaliados como positivos, como o valor da participação nos lucros e o plano de saúde, são fruto de muita reclamação por parte dos trabalhadores.

O funcionário do Itaú e dirigente sindical Jair Alves lembra que a insatisfação dos empregados em relação ao plano de saúde é generalizada. Além disso, o banco pode pagar menos de PLR esse ano, graças a manobras no balanço como o alto provisionamento para devedores duvidosos (PDD). “Esses são argumentos suficientes para colocar em dúvida a eleição da revista”, afirma Jair.  “Se o Itaú fosse uma das melhores empresas para se trabalhar os funcionários não entrariam em greve. A paralisação dos bancários demonstra a insatisfação com a política da instituição.”

O plano de saúde avaliado como positivo é contestado pelo dirigente. “A todo momento estamos cobrando do banco melhoria no atendimento do plano, pois chegam inúmeras reclamações dos trabalhadores. A avaliação positiva mencionada pela revista deve ser dos executivos que têm planos diferenciados da maioria dos bancários. Assim também como o pagamento dos bônus desses mesmos executivos, que cresceu significativamente nos últimos anos, enquanto para os trabalhadores o Itaú quer pagar PLR menor que no ano passado”, lembra Jair Alves.

Também citado como positivo, o auxílio-creche/babá é uma conquista histórica dos trabalhadores. “É sempre bom lembrar que o Itaú não concedeu nada sem a reivindicação do movimento sindical. Os mais jovens precisam saber que tanto a PLR quanto o auxílio-creche/babá foram resultado de muito luta dos trabalhadores”, resgata.

Negativos – Entre os pontos negativos destacados pela revista está a reclamação da falta de oportunidade no plano de carreira e sobrecarga de trabalho devido à falta de funcionários. “Isso é reflexo das quase 10 mil demissões feita pelo Itaú nos últimos anos”, destaca o dirigente sindical.


Carlos Ferndandes - 21/9/2012

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