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Paralisações aumentam no segundo dia de greve

Linha fina
Mobilização em São Paulo, Osasco e região chegou a mais de 700 locais de trabalho, abrangendo quase 25 mil bancários; clientes apoiam movimento e reclamam dos bancos
Imagem Destaque

São Paulo – Bradesco Nova Central; Rerop, da Caixa Federal; Complexos São João, Verbo Divino, Marambaia e CSI do Banco do Brasil, edifício Patriarca do Itaú são alguns dos complexos administrativos ficaram paralisados nesta quarta 19, segundo dia de greve da categoria.

> Fotos: imagens do centro, Paulista, Osasco e regionais norte, sul, oeste e leste
> Vídeo: cresce mobilização no segundo dia de greve

Balanço feito pelo Sindicato mostra que a mobilização está crescendo. Foram 720 locais de trabalho, sendo 25 centros administrativos, fechados em São Paulo, Osasco e região. Estima-se que mais de 24 mil trabalhadores (24.500) participaram das paralisações. Na terça 18, primeiro dia do movimento, foram cerca de 21 mil bancários. No país, a greve abrangeu 7.324 unidades bancárias, mais de 2 mil além do número do primeiro dia.

“Os bancos estão gastando rios de dinheiro com contingenciamentos, tentando forçar os bancários a furar a greve. Mas o fato é que os trabalhadores sabem que é legítima e necessária a luta por seus direitos e todos dão um jeito de participar. Criatividade e disposição é o que não falta para nossa categoria”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Em Osasco, a paralisação atingiu as unidades no calçadão, na região central, e de Carapicuiba. Na zona leste de São Paulo, o movimento chegou à Praça Silvio Romero, avenidas Sapopemba, Marechal Tito, Paes de Barros, além da Mooca, Penha e Brás. Na oeste, toda a região da Lapa. Na sul, avenidas Morumbi e Berrini. Agências da Avenida Paulista, Praça Oswaldo Cruz e Jardins. Na norte, corredores da Voluntários da Pátria, Tucuruvi e Bairro do Limão. Agências do centro velho e novo, além de concentrações seguem firmes na luta.

Uma delas, a Nova Central do Bradesco com 1,8 mil trabalhadores, aderiu cobrando dos banqueiros valorização. "A paralisação desiquilibra os banqueiros.”, disse um dos funcionários. Na zona norte da capital, um grupo de bancários oriundos de outra região da cidade apareceu para ajudar paralisar agências após fechar a deles próprios.

> Por valorização, Nova Central engrossa greve
> Bancários em cruzada para fechar agências

Clientes - Assim como na terça 18, o segundo dia de greve também recebeu apoio dos clientes, que reclamaram dos bancos. Vários procuraram serviços bancários em agências do centro da capital e conseguiram resolver suas demandas nos caixas eletrônicos. Foi o que constatou a reportagem do Sindicato na manhã desta quarta-feira 19 em São Paulo e em Osasco.

> Clientes usam caixas eletrônicos, reclamam dos bancos e apoiam greve

Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente

Ato na Paulista – Na quinta-feira tem ato na Paulista. A partir das 11h, bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e funcionários dos Correios vão levar ao conhecimento da população as pautas específicas de suas campanhas salariais e também pressionar pela pauta conjunta da classe trabalhadora que está parada no Congresso Nacional. Entre as reivindicações estão: isenção do imposto de renda na PLR; fim da terceirização e da rotatividade; regulamentação das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho, que garante o direito de negociação coletiva e inibe a dispensa imotivada, respectivamente.

No mesmo dia, a partir das 16h, os bancários fazem nova assembleia na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé), para avaliar os rumos do movimento. Leve crachá e documento com foto para credenciamento.

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Redação - 19/9/2012
(Atualizado às 20h05)

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