São Paulo - Os bancários completam nove dias de greve nesta quarta 26 e só quem participa da mobilização sabe a importância de uma conquista. Na terça-feira 25, diante da força da paralisação, a federação dos bancos apresentou o que chamou de proposta final ao Comando Nacional da categoria (veja tabela abaixo).
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Índice subiu – O índice que reajusta os salários passou dos 6% da proposta feita em 4 de setembro para 7,5%, representando aumento real maior – em vez de 0,58%, agora é 2%.
Aumento maior – Tíquetes e piso também tiveram mais aumento: 8,5%, o que representa aumento real de 2,95%.
PLR – A proposta reajusta em 10% a parte fixa da PLR, que subiria de R$ 1.400 para R$ 1.540. Os 10% também reajustam o teto do valor adicional –que distribui 2% do lucro líquido de forma linear –, saindo de R$ 2.800 para R$ 3.080. Isso representa aumento de 4,37% acima da inflação na participação dos bancários nos lucros dos bancos.
Caso a proposta seja aceita, a regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.540. A regra determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Se isso não ocorrer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários.
A antecipação da PLR será paga em até dez dias após assinatura do acordo.
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Dias parados – Os dias da greve não poderão ser descontados dos bancários. A Fenaban propõe que os dias sejam compensados até 15 de dezembro, de segunda a sexta (exceto feriados), em no máximo duas horas por dia. O que ultrapassar esse período não será considerado.
Avaliação – “O Comando Nacional avaliou que a proposta contempla importantes avanços nas principais reivindicações da categoria. O aumento real de salários é maior que no ano passado, conseguimos manter a valorização do piso e da PLR. Os auxílios alimentação e refeição também subiram mais”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Também há avanços em questões importantes de saúde e segurança nos locais de trabalho. Diante dessa análise, o Comando indica a aprovação da proposta na assembleia que será realizada hoje”, completa a dirigente.
Assembleias – Os bancários de bancos privados de São Paulo, Osasco e região reúnem-se em assembleia nesta quarta-feira 26 a partir das 19h para votar a proposta. Caso seja aceita, o aumento real (acima da inflação) acumulado pela categoria, entre 2004 e 2012, será de 16,22% para os salários e 35,57% no piso. Será no Centro Trasmontano (Rua Tabatinguera, 294). As propostas do BB e Caixa também serão avaliadas em assembleias nesta quarta, às 19h. A da Caixa Federal será no Espaço Hakka (Rua São Joaquim, 460), e a dos funcionários do Banco do Brasil será na Quadra (Rua Tabatinguera, 192). Leve crachá do banco e documento com foto para o credenciamento.
“Esses números comprovam o acerto da Campanha Nacional Unificada e o poder de mobilização da categoria. Há anos os bancos começam a campanha tentando retirar ganhos e direitos dos trabalhadores. A organização dos empregados, ao lado do Sindicato, tem conseguido manter nossa Convenção Coletiva de Trabalho entre as melhores do país”, lembra a presidenta do Sindicato.
Histórico – A pauta com as reivindicações da categoria foi entregue à Fenaban no dia 1º de agosto. Uma série de rodadas foi realizada com avanços nas áreas de saúde e segurança nos locais de trabalho. No dia 4, os bancos fizeram proposta de 6% (aumento real de 0,58%), o que levou os bancários à greve a partir de 18 de setembro.
> Greve continua nesta quarta-feira, nono dia
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Cláudia Motta - 25/9/2012
