São Paulo - O desrespeito dos bancos ao direito de greve dos bancários virou caso de polícia. Na sexta-feira, dirigentes do Sindicato estavam ao lado de trabalhadores em greve, em frente à agência do Santander na Avenida Rio Branco, quando um homem, que se identificou como bancário, exigiu entrar na unidade.
Enquanto os dirigentes conversavam com o suposto bancário, perceberam que estavam sendo gravados e desconfiaram da postura de quem era, na verdade, um advogado contratado pelo banco espanhol. O objetivo era gravar para, provavelmente, forjar uma liminar, como se os diretores do Sindicato estivessem proibindo a entrada dos trabalhadores. Os dirigentes solicitaram que a gravação feita indevidamente e de forma manipulada fosse apagada, mas o advogado se recusou.
A confusão foi presenciada por um policial à paisana que acabou acionando outros PMs. Tanto o advogado quanto os dirigentes do Sindicato foram levados à delegacia, para prestar esclarecimentos.
“Nada disso teria acontecido se os bancos respeitassem o direito de mobilização dos bancários”, afirma o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo. As comissões de esclarecimento são inclusive previstas pela Lei de Greve (lei 7.783/89), que em seu artigo sexto assegura ao grevista utilizar “meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem”.
Redação - 20/8/2013
Linha fina
Contratado pelo Santander chegou a gravar debate com dirigentes sindicais e fugiu ao ser reconhecido
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