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Bancários param maior concentração do Bradesco

Linha fina
Segundo dia de greve também abrange paralisações em centros administrativos na região da Paulista, zona sul e agências de São Paulo, Osasco e região
Imagem Destaque

São Paulo - A categoria mostra forte mobilização no segundo dia de greve nacional por tempo indeterminado. A Cidade de Deus, maior concentração de trabalhadores do ramo financeiro em São Paulo, Osasco e região, parou. O centro administrativo, do Bradesco, em Osasco, possui cerca de 11 mil bancários.

> Fotos: galeria da greve na Cidade de Deus
> Vídeo: reportagem sobre a mobilização

O segundo dia mostra que a mobilização está crescendo. Balanço feito pelo Sindicato em toda a base (São Paulo, Osasco e região) aponta 659 locais de trabalho, sendo 14 centros administrativos, fecharam. Estima-se que um total de 32 mil trabalhadores participaram das paralisações. No país, foram 7.282 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados.

Na cidade de Deus, a mobilização começou cedo, ainda antes de o sol raiar, por volta das 4h30 da manhã. Com faixas, carro de som e muito gogó, os dirigentes sindicais convocaram os trabalhadores, que pouco a pouco foram engrossando a mobilização.

“Queremos respeito aos trabalhadores que geram lucros bilionários. Começamos ontem e nosso movimento continua até os bancos atenderem nossas reivindicações”, disse a presidente do Sindicato, Juvandia Moreira (foto abaixo), na Cidade de Deus. “As pessoas estão sobrecarregadas. Queremos o fim do desvio de função e do adoecimento”, acrescentou. “Outra importante reivindicação é o vale-cultura. Os bancos gastam milhões financiando espetáculos que têm preço inacessível, por volta de R$ 200. O vale é um instrumento democrático de acesso à cultura.”

Com o passar do tempo, pôde ser vista intensa movimentação de helicópteros entrando e saindo da Cidade de Deus.  Também circulou no portão da Cidade de Deus a notícia de que muitos bancários se deslocaram para o Bradesco no centro de São Paulo. Alguns tiveram de pagar o transporte do próprio bolso.

Alguns trabalhadores relataram ter sido obrigados a dormir no estacionamento da Cidade de Deus, para poder trabalhar nesta sexta.

Diante da paralisação e após solicitação do Sindicato o banco reagendou algumas atividades para outros dias, como entrevistas de emprego. Um grupo de garotas ficou em frente ao portão principal para se informar sobre as reivindicações. “Voltaremos outro dia para realizar a admissão, sem problemas. As causas são justas”, afirmou uma delas.

Uma bancária com 13 anos de Bradesco afirmou que a ação de hoje foi muito boa para os funcionários da Cidade de Deus. “A gente tem medo de fazer greve, de se manifestar. É muito importante que o Sindicato venha até aqui. Não podemos aceitar essa proposta de 6,1%”, apontou.

O movimento contou com a participação e apoio dos deputados estaduais Luiz Cláudio Marcolino e Marcos Martins, ambos do PT, bem como figuras políticas locais. “É simbólico que no segundo dia de greve a maior concentração de trabalhadores da nossa base esteja paralisada. Isso mostra que nossa greve está forte. Queremos as cláusulas sociais, as cláusulas econômicas, mas acima de tudo queremos respeito”, disse Marcolino, bancário e ex-presidente do Sindicato.

Casa, Caixa e Brigadeiro - Além da Cidade de Deus, também foram paralisadas várias outras concentrações, como o centro administrativo Casa 2, do Santander, na zona sul de São Paulo, onde há cerca de 1,4 mil trabalhadores entre bancários e terceirizados das empresas Produban, Isban e do grupo Web Motors, responsável por venda de produtos. No mesmo condomínio empresarial funciona o setor Rodea, da Caixa Federal, onde os empregados cruzaram os braços.

Outra concentração parada foi a do Centro Administrativo Brigadeiro, do Itaú, na Avenida Brigadeiro Luis Antonio. Lá houve denúncias de pressão por contingenciamento. Na região, registra-se também paralisações em todo o corredor da Paulista.

> Greve nas concentrações Casa 2 e Redea
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Na zona norte de São Paulo, houve adesão de postos de trabalho na Vila Maria, Imirim, Vila Guilherme, corredores da Rua Voluntários da Pátria, Avenida Brás Leme e Praça Nipon. Na zona leste, o movimento chegou à Vila Formosa, Tatuapé, Parque São Jorge, Vila Diva, Itaim Paulista, São Miguel, Penha, além da Rua da Móoca e Avenida Nazaré.

> Fotos: zonas oeste, leste, norte
> Fotos:: zona sul, centro e Paulista

Pelo lado oeste da capital, os esforços foram concentrados no corredor da Avenida Faria Lima e, na sul, na Cupecê, Cidade Ademar, Jardim Miriam, Vicente Rao, Brooklin, Campo Belo e Rua Vieira de Morais. O centro também teve parados agências e centros administrativos, como o Banco do Brasil da 15 de Novembro, São João e Verbo Divino, Santander da João Brícola, Itaú na Praça do Patriarca, Caixa Federal na Sé, dentre outros.

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Redação – 20/9/2013
(Atualizado às 18h41)

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