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Banco da Amazônia regula até cafezinho

Linha fina
Efeito colateral da contenção de gastos da instituição, desvio de função e outros problemas põem em risco segurança dos trabalhadores
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São Paulo – Para reduzir custos, o Banco da Amazônia adotou uma série de medidas que estão causando indignação nos funcionários da superintendência regional e da única agência da cidade de São Paulo, ambas localizadas no mesmo prédio, na região central. As principais mudanças referem-se a questões de segurança.

Outro problema, segundo o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, é que o ex-superintendente do Banco do Brasil em São Paulo e atual presidente do Banco da Amazônia, Valmir Pedro Rossi, está implementando uma política de gestão semelhante à adotada no BB, ao extinguir o substitutivo dos comissionados.

“Se, por exemplo, o gerente tiver faltado e não houver nenhum outro bancário que exerça a mesma função, um subalterno poderá acumular as responsabilidades do cargo, o que pode ser uma medida para cortar gastos também”, explica Ernesto.

O dirigente acrescenta que a Comissão de Empresas do Basa está negociando essa situação com a diretoria do banco. “Caso não haja solução, uma ação trabalhista referente ao desvio de função pode ser uma saída”, explica Ernesto.

Cafezinho regulado – A redução de custos do Banco da Amazônia está atingindo até questões triviais, como por exemplo, a quantidade de café que os funcionários podem tomar.

Um informativo encaminhado pela Gerência de Suprimentos de Patrimônio explica que uma empresa terceirizada foi contratada para o fornecimento de café. Segundo o documento, a média de consumo per capita foi calculada pela empresa em 150 ml, o que equivale a três xícaras.

Campanha Salarial 2014 – No dia 16, às 16h30, os funcionários sindicalizados da agência se reunirão no Sindicato para conversar sobre a Campanha Nacional Unificada.

Banco da Amazônia – O Banco de Crédito da Borracha, atual Banco da Amazônia, foi criado em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de financiar a produção de borracha destinada aos países aliados, já que as principais fontes produtoras do material estavam em zonas de conflito.

Em 1950, o governo federal cria o Banco de Crédito da Amazônia S/A, ampliando o financiamento para outras atividades produtivas.

A partir de 1966, assume o papel de agente financeiro da política do governo federal para o desenvolvimento da Amazônia Legal, já com o nome de Banco da Amazônia, tornando-se depositário dos recursos provenientes dos incentivos fiscais.

Em 1970, passa ser uma sociedade de capital aberto, tendo o Tesouro Nacional 51% das ações e o público 49%. Sua sede fica em Belém.

O Basa possui atualmente 3.000 funcionários, dentre os quais 27 na base do Sindicato. A instituição conta com 171 agências e 600 mil correntistas em todo o Brasil. O lucro líquido ajustado de 2012 (último balanço divulgado) foi de R$ 808 milhões.


Rodolfo Wrolli – 11/9/2013

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