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Sindicato lamenta morte de Luiz Gushiken

Linha fina
Funcionário do antigo Banespa, presidiu a entidade entre 1985 e 1986, quando se elegeu deputado federal constituinte e ajudou a construir a Constituição Cidadã de 1988 durante a redemocratização do Brasil
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São Paulo - O Sindicato dos Bancários está de luto. Perdemos hoje nosso amigo e companheiro de muitas lutas Luiz Gushiken.

Nsacido em Osvaldo Cruz, no interior paulista, em 8 de maio de 1950, presidiu o Sindicato em 1985 e atuou ativamente contra a ditadura militar e em defesa da categoria. Funcionário do antigo Banespa, hoje controlado pelo Santander, sucedeu Augusto Campos na direção da entidade, no processo de redemocratização do país, e comandou uma greve nacional que paralisou 700 mil bancários.

Em 1986 elegeu-se deputado constituinte e ajudou a construir a Constituição Cidadã de 1988, atualmente em vigência no país.

“Para bem exercer o poder é preciso ao mesmo tempo gostar de exercê-lo e ter desprendimento em relação a ele”, dizia Gushiken. E poucos exerceram com tanto talento e humildade. Ele esteve à frente da maior greve nacional dos bancários, defendendo os trabalhadores por melhores condições de trabalho e salários mais justos, conquistando vitórias importantes para a categoria, como o tíquete-refeição e o auxílio-creche/babá, até hoje um direito assegurado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Gushiken também participou da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Partido dos Trabalhadores (PT).

Sua força, ética e competência serão sempre lembrados por nossa militância. Com sua morte, o Brasil e toda a nossa geração perdem  uma referência intelectual.

O velório e sepultamento do corpo foi no sábado 14, no Cemitério do Redentor, zona oeste de São Paulo.

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CUT – A CUT (Central Única dos Trabalhadores) destacou, em nota de pesar, a coragem e a determinação do líder sindical. O comunicado, assinado pelo presidente da Central e bancário, Vagner Freitas, recorda que o petista enfrentou a resistência cultural de uma família japonesa, atuou na resistência à ditadura, acabou demitido do Banespa por causa da militância política e, por fim, enfrentou um câncer que lhe custou a vida.

“Liderar a maior greve dos bancários que o Brasil já teve e depois organizar o Partido dos Trabalhadores, ajudar na fundação da CUT, liderar o PT e ir para o governo do presidente Lula para ajudar a mudar o Brasil e ainda conseguir tempo para cuidar dos filhos, tudo isto Gushiken enfrentava e fazia ao mesmo tempo”, diz o texto, acrescentando que o líder sindical é um “exemplo de vida”.


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Diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região - 13/9/2013
(Atualizado às 12h19 de 16/9)

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