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Valor de auxílio-creche/babá tem de aumentar

Linha fina
Mensalidades de escolas infantis estão cada vez mais altas e bancos têm condições de ampliar ajuda para um salário mínimo
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São Paulo – R$ 1.800 é o valor pago por uma bancária pela mensalidade do período integral da escola da filha de 4 anos. Ela e o marido trabalham o dia todo.

O reembolso do auxílio-creche/babá conquistado na campanha de 2012 da categoria é de R$ 306,21. “Tenho que completar a diferença e isso pesa muito pra mim”, relata a trabalhadora. A reivindicação é que o banco pague R$ 678 de auxílio, valor correspondente a um salário mínimo nacional. “De forma alguma esse aumento pesaria para o banco em termos de impactar o resultado. Obviamente é um custo maior, mas certamente é valorização do funcionário e o banco terá como retorno mais satisfação das pessoas, e, consequentemente, trabalho melhor”, defende a bancária.

Outra trabalhadora precisou rodar muito pela zona leste, região onde mora, para encontrar um preço mais baixo de escolinha para o filho de três anos. “Escolhi uma escola com um preço bem mais em conta, foi difícil encontrar, um verdadeiro achado! Mesmo assim, gasto R$ 700 por mês. Seria excelente ter o aumento, eu ficaria mais tranquila”, conta a bancária que pensa em escolher uma instituição com qualidade melhor para a educação do filho, caso os bancos atendam à reivindicação.

Nas negociações, a Fenaban destacou que se trata de um auxílio e que não tem objetivo de cobrir a despesa. O valor pago pelas bancárias demonstra que a reivindicação não é para cobrir o custo total, é apenas uma ajuda possível que facilitaria a vida dos trabalhadores.

“Cobramos valor maior para que os pais possam ter segurança e tranquilidade ao sair para trabalhar e lembramos que o gasto também é por filho”, salienta Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, destacando que o Brasil tem taxa de natalidade pequena, os bancários são público jovem ou muitos têm filhos mais velhos. “Ou seja, o impacto é pequeno para o banco, mas para o trabalhador é grande: a diferença entre o que recebem e o que pagam acaba saindo do salário.”

Também foi reivindicado que a CCT estabeleça o direito para quem está em processo de adoção.

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Gisele Coutinho – 17/9/2013

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